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Estado de Minas Minas 300 anos

Economia do futuro: Minas abriga empresas refer�ncias em tecnologia

Ind�stria do conhecimento avan�a em Minas Gerais, estruturada, no s�culo 21, sobre centros acad�micos de excel�ncia


Minas 300 Anos
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postado em 13/01/2021 10:34

A professora Edel Stancioli, do ICB/UFMG, e equipe no trabalho de testes diagnósticos: ela acredita que um polo tecnológico próprio dá ao estado mais autonomia. (foto: JÚLIA DUARTE/UFMG/DIVULGAÇÃO)
A professora Edel Stancioli, do ICB/UFMG, e equipe no trabalho de testes diagn�sticos: ela acredita que um polo tecnol�gico pr�prio d� ao estado mais autonomia. (foto: J�LIA DUARTE/UFMG/DIVULGA��O)

 
A ind�stria de Minas Gerais definiu ciclos de desenvolvimento do estado, partindo de diversas mat�rias-primas, at� estruturar, no s�culo 21, a inovadora cadeia produtiva de empresas de tecnologia de ponta, gra�as � prolifera��o de escolas t�cnicas e universidades. O segmento fabril, que inclui de itens da biotecnologia � eletr�nica, desponta como garantia da autonomia do estado para a economia do futuro.

Com Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os) estimado em R$ 142,8 bilh�es, segundo dados mais recentes, de 2018, compilados pelo Portal da Ind�stria, da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), o setor responde por 26,5% da economia de Minas Gerais. A produ��o fabril mineira participa com 10,9% do que � produzido no Brasil.

constru��o (17%), extra��o de minerais met�licos (16,2%) e metalurgia (12,9%) s�o as principais atividades industriais no estado. Ainda segundo o portal, em 2019 havia mais de 61,4 mil ind�strias em Minas, das quais parcela superior a 74% de microempresas. Em conjunto, elas empregavam 1,1 milh�o de trabalhadores, 23,1% das vagas de emprego formal no estado.

O processo de diversifica��o da matriz econ�mica de Minas foi decisivo para a estrutura��o do parque fabril, lembra o secret�rio-adjunto da Secretaria de Estado Desenvolvimento Econ�mico (SEDE), Fernando Passalio. “Desde que a produ��o de ouro come�ou a cair, o estado passou a procurar outros atrativos. Inicialmente foi um caminho voltado para o agroneg�cio. No in�cio do s�culo 20, as primeiras sider�rgicas e o polo t�xtil come�aram a surgir”, explica.

Na d�cada de 70, quando Minas passou a ter uma infraestrutura mais robusta, com extensa malha rodovi�ria, ocorreu uma explos�o industrial, de acordo com Passalio. O principal marco dessa expans�o foi a chegada da montadora italiana Fiat em Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. “Com uma posi��o geogr�fica interessante para o mercado do ponto de vista log�stico, n�s come�amos a ser mais atrativos para outras ind�strias”, justifica o secret�rio-adjunto.

Hoje, o estado passa por nova era de diversifica��o econ�mica, na vis�o de Passalio. Minas abriga empresas especializadas em tecnologia de ponta. A biotecnologia e as ind�strias da sa�de, que formam um polo na Regi�o Metropolitana de BH. S�o 159 startups e empresas de base tecnol�gica dos segmentos de ci�ncias biol�gicas, sa�de e alimentos no estado, que empregam mais de 9,2 mil pessoas, com base em dados da SEDE. A maioria delas, 97, est�o concentradas no entorno da capital.

A quantidade e qualidade das institui��es de ensino t�cnico e superior no estado, p�blicas e privadas, foram fundamentais para a expans�o de segmentos de tecnologia de ponta, como a biotecnologia. “Quando se trabalha com excel�ncia nos centros acad�micos a biotecnologia se desenvolve. Nosso estado tem toda essa capacidade, um hist�rico”, afirma Edel Figueiredo Barbosa Stancioli, professora do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela acredita que um polo tecnol�gico pr�prio d� ao estado mais autonomia, al�m de impulsionar o progresso de todos os setores da economia.

Inova��o aplicada


O desenvolvimento do polo tecnol�gico em BH se deve a um investimento de muitos anos por parte da UFMG para criar sistemas de inova��o, de acordo com a professora. Edel Stancioli afirma que o Parque Tecnol�gico de Belo Horizonte (BH-TEC), localizado no c�mpus principal da universidade, fundado em 2005, foi essencial nesse processo. “Trabalhamos com ideias que v�m da pesquisa,inicia��o cient�fica e p�s-gradua��o.

Quando o material desenvolvido tem potencial tecnol�gico, fazem-se as incubadoras e come�am as startups”, explica a professora. “Leva tempo, mas � um servi�o que tem que ser feito para que o pa�s avance”, conclui.

Al�m da estrutura de desenvolvimento de tecnologias, Minas tamb�m disp�e dos mecanismos para transformar a pesquisa em produtos para o mercado. Essa � a fun��o da Coordenadoria de Transfer�ncia e Inova��o Tecnol�gica (CTIT), da UFMG. “N�s, pesquisadores, somos bons no que fazemos, mas precisamos de algu�m para fazer a vincula��o com a ind�stria”, diz Edel Stancioli. Entre os produtos desenvolvidos no polo tecnol�gico de BH est�o medicamentos, produtos qu�micos, vacinas para humanos e animais, nanotecnologia e testes diagn�sticos.

A empresa Safe Test, fundada em 2016, � uma das que desenvolvem esse tipo de teste, em parceria com pesquisadores da UFMG. “Come�amos fazendo o licenciamento de tecnologia da universidade, um teste r�pido de leishmaniose canina para colocar no mercado”, conta um dos s�cios, Felipe Peixoto. “Por�m, a gente viu que conseguiria desenvolver testes independentes, e viemos evoluindo ao longo do tempo.” A equipe tamb�m desenvolve testes de hansen�ase e est� em licenciamento para disponibilizar op��o para o v�rus HTLV. Hoje, a empresa tem oito funcion�rios e est� trabalhando para passar a produzir os testes, e n�o apenas desenvolver.

A startup Safe Test desenvolve exames em parceria com a UFMG e se prepara para produzir testes para o vírus HTLV. (foto: SAFE TEST/DIVULGAÇÃO)
A startup Safe Test desenvolve exames em parceria com a UFMG e se prepara para produzir testes para o v�rus HTLV. (foto: SAFE TEST/DIVULGA��O)

O empreendedor afirma que viu uma oportunidade de investimento em fazer a ponte entre a pesquisa e o mercado. “A gente veio conversando com pesquisadores da UFMG e viu esse potencial, que tem muito valor comercial: fazer esse link com o mercado”, afirma. Peixoto destaca a import�ncia do incentivo para inova��o em Minas, que � um centro de incubadoras e eventos do segmento.

Vale da eletr�nica


Outro caso de sucesso da coopera��o entre academia e mercado na ind�stria mineira � o chamado Vale da Eletr�nica, polo de tecnologia centralizado na cidade de Santa Rita do Sapuca�, de 43 mil habitantes, no Sul do estado. O centro de produ��o de aparelhos eletr�nicos como alarmes, sistemas de telecomunica��o e inform�tica re�ne 161 ind�strias, emprega 14,7 mil pessoas e teve faturamento de R$ 3,2 bilh�es em 2018. Essas empresas re�nem 29% da m�o de obra da ind�stria eletr�nica mineira e det�m 15 mil produtos no mercado, em todo o Brasil e no exterior.

A base dessa ind�stria foram as institui��es de ensino t�cnico fundadas na cidade, observa Roberto de Souza Pinto, presidente do Sindicato das Ind�strias de Aparelhos El�tricos, Eletr�nicos e Similares do Vale da Eletr�nica (Sindvel). Em 1959, Luzia Renn� Moreira, conhecida como Sinh� Moreira,fundou na pequena cidade a primeira escola t�cnica de n�vel m�dio da Am�rica Latina, a Escola T�cnica de Eletr�nica Francisco Moreira da Costa (ETE FMC).

Em 1965, foi a vez do Instituto Nacional de Telecomunica��es (Inatel), e, em 1975, surgiu a Faculdade de Administra��o em Inform�tica (FAI). Na d�cada de 1980, os alunos dessas escolas come�aram a fundar as ind�strias na regi�o, incubadas no ambiente de ensino.

“Foi feito assim, formando pessoas t�cnicas para o trabalho, para serem empreendedores. A base foi fabricar gente”, afirma Roberto de Souza Pinto.

O polo de eletr�nica mineiro tem um valor “imensur�vel” por substituir produtos que o Brasil teria que importar, defende o presidente do Sindvel. “Abastecemos mais ou menos 70% dos equipamentos de seguran�a instalados pelo pa�s. A maioria das casas brasileiras tem algum produto de Santa Rita instalado”, sustenta. Todo esse movimento gira as engrenagens da economia da cidade, desde o com�rcio e transporte aos restaurantes e o turismo.

Confira mais not�cias sobre o especial Minas 300 anos. Uma parceria entre o banco Mercantil do Brasil e o jornal Estado de Minas.

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