Numa ofensiva para garantir a aprova��o do sal�rio m�nimo de R$ 545 nesta quarta-feira, na C�mara, o governo mapeou os nomes dos dissidentes na base, cujas indica��es pol�ticas para cargos no segundo e terceiro escal�es e nas estatais federais ser�o barradas, e tamb�m avisou ao PDT que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, poder� perder o cargo se o partido, que integra a coaliz�o governista, mantiver a disposi��o de votar a favor de R$ 560.
Os l�deres aliados est�o confiantes na vit�ria dos R$ 545 com cerca de 300 votos e esperam uma dissid�ncia de 76 votos na base aliada, segundo cruzamento realizado ontem. Na avalia��o tanto de governistas quanto de oposicionistas, o m�nimo de R$ 560 dever� contar com o apoio de 150 a 180 deputados. ''A situa��o � confort�vel'', disse o l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP). � noite foi aprovado regime de urg�ncia para vota��o do projeto - por 391 votos a favor, 22 contra e 3 absten��es. O novo m�nimo ser� votado hoje a partir das 13h40, em sess�o extraordin�ria da C�mara. A presidente Dilma Rousseff decidiu jogar pesado com os aliados para evitar eventual processo de rebeli�o na base a favor do m�nimo de R$ 560. O temor era que esse valor acabasse ''contaminando'' os governistas. Vaccarezza reuniu os l�deres num almo�o na casa do l�der do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), para baixar a ordem unida na vota��o de hoje: o governo manter� os R$ 545 at� o fim, sem dar um real sequer a mais. ''O governo n�o pode fraquejar nem dar sinais de que pode dar mais que os R$ 545. Se abrir a porteira, n�o tem como segurar: � o estouro da boiada e vai todo mundo junto para os R$ 560'', resumiu Hugo Leal (PSC-RJ).