O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, negou esta sexta-feira que o PMDB tenha votado a favor do sal�rio m�nimo de R$ 545 em troca de cargos no segundo e terceiro escal�o do governo. "O PMDB n�o votou por isso n�o", disse ele, ap�s se reunir com empres�rios na sede da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
Reforma pol�tica
Temer disse acreditar que o Congresso mostrou maturidade suficiente para discutir uma proposta de reforma pol�tica. "As coisas t�m de ser amadurecidas no Congresso e h� uma matura��o que permite discutir a reforma pol�tica", afirmou. O vice-presidente destacou que tem uma proposta pessoal em rela��o ao tema. "Mas meu objetivo � apenas provocar o assunto para que possamos lev�-lo adiante. Seria muito �til para esta legislatura e para este governo que houvesse a reformula��o pol�tica do Pa�s", opinou.
O peemedebista disse ser a favor de uma altera��o no processo de escolha dos deputados, substituindo o atual sistema de coeficiente eleitoral pela vota��o por maioria simples. "N�s ter�amos uma esp�cie de 'distrit�o', que � o pr�prio Estado. S�o Paulo, por exemplo, tem 70 vagas e os 70 mais votados seriam eleitos", afirmou.
Ele declarou-se tamb�m favor�vel � inclus�o de uma cl�usula que exija a fidelidade partid�ria. "Quem for eleito pelo partido, n�o pode sair", disse. De acordo com Temer, h� duas hip�teses em discuss�o no Congresso sobre a quest�o. "Ou voc� estabelece que se mantenha tudo como est�, ou seja, fidelidade absoluta, s� podendo sair nas hip�teses legais, que s�o expuls�o ou cria��o de um novo partido, ou ent�o se estabelece uma porta nos seis meses finais. Mas essa � uma tese a ser debatida". Temer disse que a proposta do voto em lista j� foi tentada por muitas vezes no Congresso e que teria dificuldade extrema de ser aprovada.
O vice-presidente afirmou que o atual momento � o ideal para se iniciar as discuss�es, de forma que a proposta de reforma pol�tica seja aprovada at� outubro. "Essa minha proposta � compat�vel e se harmoniza com o pr�prio texto constitucional. Por isso eu a levo adiante. Qual ser� a prevalecente, o plen�rio da C�mara e do Senado � que v�o dizer". O pol�tico acrescentou ainda que, ap�s a reforma pol�tica, o Congresso poderia "discutir alguns temas de reformula��o tribut�ria".
Skaf
Temer confirmou ter convidado o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, atualmente no PSB, para entrar no PMDB. "As portas est�o abertas mas isso depende dele. Ele est� examinando", comentou.
