Advogados tentam dissuadir Kassab de fus�o com siglas

Assediado por PMDB e PSB, o prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab (DEM) est� desistindo da ideia de criar um novo partido para fundi-lo com outra legenda no futuro. O prefeito, que contratou dois escrit�rios de advocacia especializados em legisla��o eleitoral, vem sendo convencido por seus advogados de que � mais vantajoso politicamente ter um partido sob seu controle do que incorporar seu grupo a um partido j� existente. De olho na disputa ao Pal�cio dos Bandeirantes em 2014, tudo que Kassab quer � espa�o e liberdade de atua��o.

Em conversa ontem com o advogado Alberto Rollo, Kassab avaliou as vantagens e as desvantagens da cria��o de uma nova legenda. Informado por Rollo que o Partido da Democracia Brasileira (PDB) - nome cogitado para a nova sigla - ficar� sem tempo de televis�o at� eleger seus primeiros deputados federais e sem recursos do fundo partid�rio, o prefeito foi aconselhado a equacionar o problema atrav�s de coliga��es nas pr�ximas elei��es. Na pr�tica, Kassab usaria o tempo e os recursos da coliga��o e ainda ganharia liberdade de negociar com quem quiser, sem precisar se filiar a outra legenda. "Mostrei a ele os aspectos pol�ticos e as vantagens da coliga��o. Sem fus�o, ele ter� as vantagens sem ter as desvantagens", explicou o advogado. Kassab vem negociando sua mudan�a de partido desde o ano passado. O primeiro a abrir as portas foi o PMDB, at� ent�o sob a lideran�a regional do ex-governador Orestes Qu�rcia. Com a morte de Qu�rcia e o aviso dos peemedebistas paulistas de que o prefeito n�o seria recebido como "cacique", Kassab se aproximou do PSB do governador de Pernambuco Eduardo Campos. Como o prefeito pretende levar seus aliados consigo e teme que o DEM reivindique os mandatos alegando infidelidade partid�ria, a ideia de lan�ar uma nova sigla se mostrou a alternativa jur�dica mais segura. Assim, Kassab poderia criar um "partido de passagem" e em seguida incorpor�-lo a outra legenda. Insatisfeito com os rumos do DEM e preocupado em viabilizar sua candidatura ao governo de S�o Paulo, o prefeito deve se desfiliar ap�s 15 de mar�o, data da conven��o do partido. Os advogados t�m at� essa data para preparar toda a documenta��o exigida para legalizar a legenda junto � Justi�a Eleitoral. "Ele n�o quer atrapalhar a conven��o do DEM", revelou Rollo. Ainda nesta semana, um grupo de assessores se reunir� para concluir o estatuto do novo partido.