Ministro defende indica��o pol�tica para estatais

O ministro Edison Lob�o (Minas e Energia) defendeu ontem a indica��o de pol�ticos para cargos em empresas estatais. Segundo ele, n�o h� problema que isso ocorra, desde que a pessoa escolhida seja qualificada para o cargo. Ligado ao grupo pol�tico do senador Jos� Sarney (PMDB-AP), Lob�o defendeu o atual presidente do Senado. Para o ministro, n�o h� qualquer diretor no sistema el�trico ou em ag�ncias reguladoras ligadas ao setor de energia que tenha sido indicado por Sarney. "Dizem que o PMDB est� indicando quase todo mundo do setor el�trico. E, dentro do PMDB, o doutor Jos� Sarney, que indica diretores para toda parte. Doutor Jos� Sarney n�o tem um diretor no sistema el�trico, um diretor nas ag�ncias. Em todo o instante, se declara que ele fez uma ocupa��o. Como � que se pode conviver com uma situa��o dessas", declarou durante discurso na cerim�nia de posse do novo presidente da Eletrobras, Jos� da Costa. Lob�o exaltou as condi��es do sistema el�trico brasileiro, que classificou como "robusto" e "confi�vel". Ele informou que foram investidos, nos �ltimos oito anos, R$ 141 bilh�es em projetos de gera��o. Para os pr�ximos dez anos, a proje��o � que os investimentos cheguem a R$ 388 bilh�es. Jos� da Costa substituiu Jos� Muniz Lopes, que tamb�m � ligado a Sarney. Muniz Lopes iria para a presid�ncia da Eletronorte, mas disse ter preferido, por raz�es pessoais, ficar no eixo Rio-S�o Paulo. Ele foi deslocado, ent�o, para a rec�m-criada diretoria de Transmiss�o da Eletrobras. O ex-presidente da Eletrobras garantiu que j� havia decis�o anterior para se fazer a nova diretoria. O novo presidente da Eletrobras � engenheiro eletricista e atua no setor el�trico desde 1966, quando ingressou na distribuidora mineira Cemig. Entre 1998 e 1999, assumiu a chefia da empresa. Ultimamente, trabalhava no setor privado e tinha participa��o societ�ria nas empresas Orteng Engenharia e Arcadis Logos Energia. Ele afirmou ter cortado v�nculos com essas companhias para assumir a Eletrobras. O nome preferido para a Eletrobras era de Fl�vio Decat, admitiu o ministro Lob�o. Com a crise pela briga de cargos em Furnas Centrais El�tricas, subsidi�ria da Eletrobras, Decat foi deslocado por ordem da presidente Dilma Rousseff para conter, abrindo espa�o para Costa - tamb�m escolhido por Dilma. Segundo Costa, a principal orienta��o passada por Dilma � que a Eletrobras reduza os custos de opera��o e manuten��o de seus ativos, ganhando rentabilidade e valor de mercado. "A empresa vem passando por uma grande transforma��o. Mas temos muito o que melhorar, se comparados com empresas top de n�vel internacional e at� mesmo nacional."