Brasil paga pens�es ao deus-dar�, diz ministro Garibaldi

Indicado pelo PMDB, Garibaldi Alves Filho (RN) n�o pensou duas vezes em deixar o Senado para comandar o Minist�rio da Previd�ncia Social. Aos 64 anos, ter� de administrar um “abacaxi”, como ele mesmo disse na posse - o rombo de cerca de R$ 100 bilh�es nas contas da previd�ncia social -, sem promover reformas impopulares.

Em entrevista, Garibaldi confirma que a Previd�ncia passar� s� por pequenos ajustes. Para j�, a mudan�a em debate est� restrita � aprova��o de projeto criando um fundo de previd�ncia complementar para o funcionalismo p�blico. N�o h� nada em estudo para fazer altera��es na Previd�ncia do trabalhador da iniciativa privada (INSS). O ministro admite, por�m, que h� pontos que precisam ser atacados: “O Brasil deve ser o �nico pa�s que paga pens�es ao deus-dar�”, em resposta ao questionamento sobre a falta de regras na pens�o por morte.

Ele defendeu a substitui��o do fator previdenci�rio, que chamou de “Geni da Previd�ncia”, por outro mecanismo mais transparente. "Eliminar o fator previdenci�rio pode desequilibrar as contas. N�o h� conclus�o do que seria melhor para substituir o fator, que � estigmatizado. Virou a Geni da Previd�ncia. As pessoas n�o entendem (o c�lculo) e se sentem atingidas. O fator � odiado."

O ministro explicou que existe um projeto na C�mara que trata do fundo de previd�ncia complementar para o servidor p�blico. Segundo Garibaldi Alves, h� uma distor��o entre a previd�ncia do servidor p�blico e a da iniciativa privada. "Os servidores n�o chegam a 1 milh�o de pessoas e a necessidade de financiamento � de R$ 52 bilh�es. Por outro lado, a outra Previd�ncia (INSS) tem necessidade de R$ 42 bilh�es para beneficiar 24 milh�es de pessoas."