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Estado de Minas

A�cio sobe � tribuna do Senado como l�der da oposi��o


postado em 06/04/2011 06:14 / atualizado em 06/04/2011 08:34

No primeiro discurso no Senado, Aécio vai defender medidas do governo FHC(foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 17/03/2011)
No primeiro discurso no Senado, A�cio vai defender medidas do governo FHC (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado - 17/03/2011)
“Sempre que precisou fazer uma op��o entre o pa�s e o partido, o PT ficou com o PT.” � assim, armado at� os dentes, que o senador A�cio Neves (PSDB-MG) sobe nesta quarta-feira � tribuna para fazer um discurso que n�o � voltado para dentro do Congresso, mas para fora, para os eleitores sentirem que h� espa�o para a oposi��o. Por isso, ser� duro. O senador estreia na tribuna como l�der da oposi��o, mas n�o pretende assumir o papel de fazer ofensas e ataques pessoais, tanto que vai reconhecer que o Brasil � hoje melhor do que era. S� que os pilares para esta situa��o foram plantados desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A�cio vai buscar na hist�ria recente da redemocratiza��o brasileira os argumentos para sua tese principal. Lembrar� que nos momentos mais decisivos o PT esteve contra. Vai citar as expuls�es dos ent�o deputados petistas Bete Mendes e Ayrton Soares, porque votaram a favor da vitoriosa candidatura de Tancredo Neves no col�gio eleitoral, que p�s fim ao ciclo do regime militar.

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Vai destacar que o fato se repetiu em outro momento delicado para o pa�s, no impeachment do ex-presidente e do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Na �poca, a hoje deputada Lu�za Erundina (PSB-SP) foi expulsa, porque aceitou ser ministra de Itamar Franco, quando ele assumiu a Presid�ncia da Rep�blica.

Al�m dos fatos pol�ticos, o senador mineiro pretende citar outras ocasi�es em que o PT preferiu jogar no time do “quanto pior, melhor”, porque j� tinha lan�ada a candidatura de Lula � Presid�ncia da Rep�blica. Um dos exemplos � o lan�amento do Plano Real, que os petistas condenaram com veem�ncia. Os outros s�o o combate � moderniza��o da economia, as manifesta��es contra as privatiza��es, as cr�ticas ao Proer, que, na avalia��o dos tucanos, evitou uma quebradeira de bancos.

E vai lembrar que Dilma Rousseff est� no nono ano de mandato do PT no Pal�cio do Planalto e que n�o tem mais como alegar que � obrigada a administrar uma “heran�a maldita”. Pelo menos, lembra A�cio, ela n�o � tucana.

Contradi��es

Depois de passear pela hist�ria radical do PT na oposi��o, o senador vai destacar as contradi��es do partido no exerc�cio do poder. Vai mirar a metralhadora girat�ria no comportamento do partido nas elei��es do ano passado, quando pintaram um quadro cor de rosa para a economia brasileira. Vai falar do risco da infla��o sair do controle, tanto que o Banco Central j� subiu as taxas de juros, vai bater firme no risco de a ind�stria nacional perder competitividade.

Os gargalos para o desenvolvimento nacional s�o objeto da abordagem de A�cio. Ele diz que o Brasil est� no fim da fila neste aspecto entre 20 outros pa�ses de perfil semelhante. Citar�, por exemplo, que a energia � alvo de mais de 10 taxas e impostos, que o saneamento passa longe de boa parte dos munic�pios brasileiros. Al�m da falta de infra-estrutura, vai bater forte na quest�o tribut�ria, que tira a competitividade das empresas nacionais.

Interven��o na Vale

O senador A�cio Neves vai atacar tamb�m o que chama de “absurda” interven��o feita pelo governo na Vale, para a substitui��o de Roger Agnelli por Murilo Ferreira, apesar dos �timos resultados da empresa nos �ltimos anos. �, segundo ele, uma esp�cie de reestatiza��o em uma empresa que � s�mbolo de uma privatiza��o bem-sucedida.

Tamb�m a interven��o nas ag�ncias reguladoras ser� alvo do tucano. Ele vai citar os exemplos da Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) e na Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), que deveriam ter total independ�ncia para cumprir o papel de defesa do consumidor e est�o sendo obrigadas a atender aos interesses do governo.

Cr�ticas com proposta concreta

Com n�meros fortes, o senador vai encerrar a sua estreia, digamos assim, na tribuna do Senado com uma agenda propositiva. Vai destacar que estados e munic�pios tinham, no final de 2002, antes da posse de Lula na Presid�ncia da Rep�blica, 27% do bolo tribut�rio. Hoje, esta participa��o est� reduzida a 19,4%. A�cio vai apresentar proposta para criar um gatilho em que, toda as vezes em que o governo federal isentar IPI e Imposto de Renda, ter� que compensar estados e munic�pios com outros tributos.

V�rios prefeitos, principalmente de Minas Gerais, estar�o presentes hoje em Bras�lia, j� que o senador mineiro vai bater muito na tecla na quest�o municipalista, de maior autonomia �s prefeituras, hoje dependentes de aportes e de verbas federais para tocarem obras em seus estados.

O l�der tucano vai tamb�m pisar no calo dos governistas ao insistir na regulamenta��o da PEC 29, que destina recursos � sa�de. A ideia d� urtic�ria no Pal�cio do Planalto e na equipe econ�mica. Tamb�m nesta linha, vai insistir com a desonera��o das exporta��es, da folha de pagamento e dos impostos sobre os sal�rios dos trabalhadores, por exemplo, com corre��o da tabela do Imposto de Renda.

O objetivo do senador mineiro com o discurso de hoje , e da� a expectativa tanto na oposi��o quanto entre os governistas, � resgatar o papel da oposi��o no Brasil de hoje, construir uma nova agenda para o pa�s e tentar diminuir, com uma a��o pol�tica coordenada, a enorme vantagem que a base do governo tem no Congresso.


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