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Estado de Minas

Alckmin diz que sa�de p�blica do pa�s est� subfinanciada


postado em 18/04/2011 08:47 / atualizado em 18/04/2011 08:49

S�o Paulo - Com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de R$ 21.182, 68, a Regi�o Sudeste, que re�ne os estados de S�o Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro e Esp�rito Santo, � a mais rica do pa�s. Ela tamb�m concentra a maior popula��o, com 72.297.351 habitantes (censo de 2000), e tem o segundo maior �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), 0,824, perdendo apenas para a Regi�o Sul. Com o estado de S�o Paulo, a Ag�ncia Brasil abre a s�rie de entrevistas com os governadores do Sudeste.

Melhorar o atendimento dos hospitais p�blicos, principalmente no interior do estado, � uma das metas do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, para a sa�de. � frente da administra��o estadual pela terceira vez, ele admite que faltam recursos para o setor e defende que os investimentos precisam ser reequilibrados. Mas, segundo ele, se isso n�o for suficiente, � preciso aumentar a arrecada��o p�blica para que os governos possam arcar com tratamentos de qualidade para a popula��o. Para o governador paulista, a sa�de p�blica do pa�s est� subfinanciada

Em um balan�o dos 100 dias de seu mandato, Alckmin tamb�m afirmou que est� trabalhando para deixar S�o Paulo pronta para a Copa do Mundo de 2014 e informou que uma nova universidade estadual ser� criada para contribuir com a qualifica��o dos trabalhadores do estado mais rico e populoso do pa�s. Em entrevista � Ag�ncia Brasil, o governador disse ainda que apoia a constru��o do trem-bala entre Campinas e o Rio de Janeiro.

Ag�ncia Brasil - Como o senhor avalia os primeiros 100 dias de seu governo?
Geraldo Alckmin - Estou extremamente animado, acordando cada vez mais cedo e trabalhando de mangas arrega�adas. Acho que as prioridades do governo s�o as prioridades do povo de S�o Paulo: educa��o, sa�de, seguran�a p�blica e gest�o. Na gest�o, n�s j� passamos a administra��o do Detran-SP [Departamento Estadual de Tr�nsito] da Secretaria de Seguran�a P�blica para a Secretaria de Gest�o, liberando 1.349 policiais para atuar nas ruas. A economia est� forte. Temos grandes investimentos. A [nova f�brica] da Toyota est� em obras. Teremos uma f�brica da Hyundai em Piracicaba. Outros investimentos importantes devem ser anunciados nas pr�ximas semanas.

ABr - A capital tem hospitais p�blicos reconhecidos por sua qualidade, mas a popula��o do interior do estado reclama do atendimento da sa�de. Como melhorar isso?

Alckmin - A Secretaria de Estado da Sa�de est� fazendo a regionaliza��o da sa�de. N�s come�amos pela Baixada Santista. Foi feito um grande trabalho, identificamos a necessidade de um hospital de mol�stias infecciosas, amplia��o de leitos hospitalares, leitos cir�rgicos, de UTIs [unidades de terapia intensiva] e da rede de c�ncer. Depois, fomos para Sorocaba. Foi feito todo um trabalho l�. Semana passada, fomos para o Vale do Ribeira. Estamos fazendo o trabalho de uma forma regionalizada, hierarquizada, que � a melhor maneira. Voc� pega uma regi�o, estuda qual o maior problema e age de forma integrada. Tamb�m vamos criar uma rede paulista de combate ao c�ncer porque n�s queremos distribuir o que j� tem de bom em S�o Paulo. Agora, h� um fato grave. H� o subfinanciamento da sa�de. Os munic�pios e estados est�o sobrecarregados.

ABr - O senhor � favor�vel � cria��o de uma nova fonte de financiamento para a sa�de? Por exemplo, voltar com a Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF)?
Alckmin - Sou favor�vel a que se equacione o financiamento � sa�de. Se equaciona cortando outros gastos e aumentando os da sa�de, fazendo uma realoca��o dos recursos ou aumentando a arrecada��o. Mas h� um fato, que � o subfinanciamento.

ABr - Quais s�o os seus projetos para a qualifica��o da m�o de obra do estado?
Alckmin - O governo j� tem uma grande rede de ensino t�cnico e tecnol�gico. N�s temos 200 mil alunos nesse tipo de ensino. Mas vamos trazer duas novidades. Uma � a Univesp. Est� sendo fechado o projeto de lei que ser� encaminhado � Assembleia Legislativa criando a quarta universidade paulista. N�o � uma universidade no sentido restrito. � uma universidade virtual. A outra novidade � o Via R�pida para o Emprego. Hoje, para entrar no ensino t�cnico, voc� precisa ter o ensino m�dio. O desemprego, por�m, est� muito ligado � baixa escolaridade. Vamos fazer cursos para quem n�o tem ensino m�dio. Cursos de 80 horas, 200 horas, entre outros.

ABr - Quando o senhor pretende anunciar essas medidas?

Alckmin - Agora, no final de abril. No m�ximo, no come�o de maio. Isso far� parte de um programa que vamos lan�ar. N�s vamos apresentar o Mais Social.

ABr - Como est� a prepara��o do estado para a Copa do Mundo de 2014?
Alckmin - Sobre o est�dio que receber� os jogos, o que cabe ao governo do estado � a parte de acessos. Nesta segunda-feira, n�s vamos assinar os contratos das obras necess�rias para a regi�o leste da capital, onde ser� o est�dio. As obras do trecho leste do Rodoanel estar�o praticamente prontas at� 2014. Trem e metr� j� passam na porta do est�dio. N�s temos um parque hoteleiro muito bom. Acho que S�o Paulo est� preparada. Na quest�o da constru��o do est�dio, esperamos resolver os problemas jur�dicos ainda este m�s. Como o terreno � da prefeitura de S�o Paulo, ela est� resolvendo isso.

ABr - O senhor � favor�vel � constru��o do trem-bala ligando Campinas ao Rio de Janeiro?
Alckmin - Eu defendo. Defendo a integra��o dos modais de transporte. Se voc� viajar pelo mundo inteiro, em lugar nenhum, voc� vai de carro ao aeroporto. Eu estou acompanhando diariamente os problemas jur�dicos da linha que vai levar o metr� at� o Aeroporto de Congonhas. Esperamos resolver isso em uma ou duas semanas. E os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas, ser�o atendidos pelo TAV [trem de alta velocidade]. Ent�o, no que o governo estadual puder ajudar, vai ajudar. O TAV � bom. � um investimento privado financiado pelo BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social].

ABr - O senhor anunciou no seu primeiro dia de governo um contingenciamento de verbas de R$ 1,5 bilh�o. Essa verba ser� liberada?
Alckmin - N�s j� estamos liberando gradualmente. Depois que fizermos um balan�o da arrecada��o e do equil�brio fiscal do primeiro trimestre, a ideia � fazer um descontingenciamento. No primeiro semestre, provavelmente, tudo deve ser liberado.


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