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Estado de Minas CORRUP��O NO DF

Casal Guerner mant�m conex�es suspeitas com pol�ticos e empres�rios


postado em 24/04/2011 10:33 / atualizado em 24/04/2011 10:51

A promotora de justica Deborah Guerner chega ao IML para realizar exame de corpo de delito, antes de ser presa(foto: Kléber Lima/CB/D.A Press - 20/04/2011 )
A promotora de justica Deborah Guerner chega ao IML para realizar exame de corpo de delito, antes de ser presa (foto: Kl�ber Lima/CB/D.A Press - 20/04/2011 )
As den�ncias que envolvem a promotora de Justi�a Deborah Guerner revelam uma teia de liga��es com outras hist�rias nebulosas do Distrito Federal. Influente at� a deflagra��o da Opera��o Caixa de Pandora, ela tinha conex�es com pol�ticos e empres�rios e pode comprometer a biografia de muita gente caso resolva detalhar reuni�es e acordos que viu acontecer. Deborah e o marido, Jorge Guerner, permanecem presos no Complexo da Pol�cia Federal (PF) desde a �ltima quarta-feira, sob a acusa��o de uso de documento falso, fraude processual qualificada e forma��o de quadrilha. De acordo com o Minist�rio P�blico Federal, Deborah simula loucura para driblar os efeitos de poss�veis condena��es no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) e na Justi�a. Caso aceite, por exemplo, participar do benef�cio da dela��o premiada, Deborah tem potencial para comprometer muitas autoridades e empresas, principalmente as interessadas no mercado do lixo.

Para os investigadores, a promotora interpreta uma suposta insanidade mental. Mas ningu�m tem d�vidas de que ela, no m�nimo, possui um temperamento impulsivo e dado a esc�ndalos. Na vis�o de quem a conhece, n�o h� como prever o desfecho desse caso, diante da personalidade de Deborah. Ela manda recados, amea�a. Por isso, a expectativa no mundo pol�tico do DF � grande em rela��o � poss�vel libera��o dela nesta semana. A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), deve analisar pedido de reconsidera��o ao indeferimento da liminar de habeas corpus proposta em favor de Deborah e Jorge Guerner.

Nessa quinta-feira, o ministro Jo�o Ot�vio Noronha, do STJ, negou a liminar sob o fundamento de que n�o tinha elementos para considerar argumentos da defesa sobre eventual ilegalidade da pris�o preventiva decretada pela desembargadora federal M�nica Jacqueline Sifuentes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Regi�o. O advogado agora vai pedir que Laurita Vaz reconsidere a decis�o j� com todos os elementos em m�os. Deborah e o marido foram presos no primeiro dia de recesso do Judici�rio em virtude da semana santa. O feriado acabou prejudicando provid�ncias da defesa. Nesta segunda, o processo ser� encaminhado ao Minist�rio P�blico Federal, para parecer. S� no retorno dos autos, Laurita Vaz dever� analisar o caso.

Deborah Guerner j� responde a tr�s a��es penais. Al�m da den�ncia que motivou sua pris�o e a do marido, ela tamb�m � acusada de extors�o ao ex-governador Jos� Roberto Arruda e de cobrar propina para vazar informa��es sigilosas ao delator da Opera��o Caixa de Pandora, Durval Barbosa. Jorge Guerner tamb�m � alvo das a��es. A principal linha de defesa da promotora sempre foi uma suposta doen�a mental, um “transtorno afetivo bipolar m�ltiplo”.

De acordo com o Minist�rio P�blico, no entanto, Deborah recebeu orienta��o do psiquiatra Lu�s de Moraes Altenfelder Silva Filho sobre como se portar e se vestir durante per�cia m�dica no Instituto de Medicina Legal (IML), em 30 de agosto de 2010. O profissional acabou denunciado tamb�m por suposta tentativa de enganar a Justi�a. Altenfelder elaborou laudo psiqui�trico para instruir pedido de aposentadoria por invalidez da promotora de Justi�a no Minist�rio P�blico do Distrito Federal (MPDFT).

Lixo

No governo de Joaquim Roriz, Deborah Guerner tinha contatos. Amiga da servidora Cl�udia Marques, ent�o assessora especial do governador, a promotora manteve uma boa rela��o com integrantes do Executivo. Jorge Guerner tamb�m fez conex�es com empres�rios amigos do poder. Renato e Roberto Cortopassi, donos da WRJ Engenharia,
tinham bom tr�nsito no governo at� a elei��o de Jos� Roberto Arruda, em 2007, quando passaram a ser escanteados. De acordo com investiga��o do Minist�rio P�blico, Guerner e os Cortopassi foram s�cios, com interesses comuns.

Em 2006, j� na gest�o de Maria de Lourdes Abadia, Deborah ganhou ainda mais influ�ncia e tentou quebrar um gelo que havia entre o Minist�rio P�blico do DF e o governo Roriz, alvo de in�meras a��es protocoladas por promotores de Justi�a. Deborah aproximou do poder o amigo Leonardo Bandarra, j� nomeado procurador-geral de Justi�a do DF pelo presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Mesmo sem estar envolvida em nenhum assunto pendente de solu��o, ela participou da primeira reuni�o com a presen�a de Arruda, do vice-governador � epoca, Paulo Oct�vio, no nono andar do MP, ao lado do gabinete do procurador-geral de Justi�a do DF.

Deborah tamb�m ofereceu a casa, no Lago Sul, para um jantar em que Arruda e Bandarra conversaram sobre manter uma boa rela��o entre o MP e o Executivo. Em 2009, o encontro entre Arruda e Deborah n�o foi nada amistoso. Segundo den�ncia, ela foi � resid�ncia oficial de �guas Claras cobrar R$ 2 milh�es do ent�o governador como forma de manter em sigilo a famosa grava��o em que ele aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa. Agora, ela poder� contar os bastidores dos encontros que manteve como representante do MP em conversas com o primeiro escal�o do Pal�cio do Buriti.


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