O governo vai tentar convencer seus aliados na C�mara dos Deputados a promover novas altera��es do texto do novo C�digo Florestal que foi apresentado pelo relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), segundo o l�der do governo, deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP), que tratou do assunto nesta segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff, na reuni�o do Conselho Pol�tico. ''N�s queremos votar um texto equilibrado. � presidenta [Dilma Rousseff], se for imposto uma vota��o que n�o proteja o meio ambiente, ela n�o hesitar� em usar o seu poder constitucional para defender o meio ambiente. Ent�o, n�s estamos querendo construir uma solu��o que seja vi�vel, que atenda o meio ambiente e a produ��o agr�cola, e que permita a gente sair daqui com uma vit�ria'', disse.
De acordo com Vaccarezza, o governo aceita flexibilizar na quest�o das �reas de prote��o permanentes (APPs) �s margens de rios, permitindo que nas propriedades at� 4 m�dulos fiscais a APP seja de 20 % da propriedade, evitando, assim, que muitas dessas propriedades venham ser inviabilizadas, no caso de terem que recuperar 15 metros, 30 metros,100 metros ou 500 metros �s margens dos rios, conforme consta do texto do relator. ''Voc� tem milh�es de propriedades rurais em que a propriedade inteira poderia ser perdida nessa APP, considerando os dados de 2008. N�s queremos definir uma APP de rio para as pequenas propriedades at� 4 m�dulos fiscais, que elas n�o podem comprometer mais do que 20% da propriedade. Isso seria uma concess�o para as pequenas propriedades rurais e uma pol�tica para manter o homem no campo'', afirmou. Segundo Vaccarezza, o governo n�o aceita que a pol�tica ambiental seja definida pelos estados e n�o ceder� em alguns pontos do c�digo. ''O governo n�o ceder� na quest�o da anistia geral. N�o ceder� que essa pol�tica ambiental seja definida nos estados e, tamb�m, n�o ceder� na consolida��o geral em todas as �reas que foram desmatadas'', disse. O l�der do governo tamb�m afirmou que a hip�tese que est� levantando � no sentido de convencer a base aliada de que tem muitos ganhos no texto do Aldo Rebelo, e que n�o podem ser jogados fora. Segundo ele, � preciso encontrar uma alternativa regimental para aprovar os pontos definidos hoje pelo governo. Vaccarezza adiantou que a decis�o deve ser adotada na vota��o da C�mara para n�o ser levada para negocia��es no Senado. A vota��o do novo C�digo Florestal est� prevista para come�ar amanh� (24), �s 10 horas, em sess�o extraordin�ria da C�mara. No entanto, ela poder� ser mais uma vez adiada caso as lideran�as n�o encontrem uma sa�da para incluir no texto do relator os dispositivos que o governo n�o abre.