Caso a vota��o do projeto do C�digo Florestal no Senado ocorresse imediatamente, a tend�ncia seria a bancada peemedebista, a maior com 19 parlamentares, aprovar em peso o texto aprovado na C�mara dos Deputados. A avalia��o � do presidente do partido, Valdir Raupp (RO), em conversa com a Ag�ncia Brasil.
A Emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), anistiou os propriet�rios rurais que plantaram ou fizeram pastos em �reas de preserva��o permanente (APPs) at� julho de 2008. O texto foi aprovado pela C�mara, no come�o da madrugada do dia 25.
Al�m disso, a emenda transfere para estados e o Distrito Federal, em conjunto com a Uni�o, o direito de tamb�m legislar sobre meio ambiente. A emenda foi negociada pelas lideran�as do PMDB e da oposi��o, na C�mara, para poder ser aprovado.
Valdir Raupp quer manter com o PMDB a relatoria da mat�ria na Comiss�o de Agricultura do Senado, uma das tr�s pelas quais o projeto ter� que obrigatoriamente passar, nas m�os do ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique. Na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a tend�ncia � que o presidente do colegiado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), tamb�m indique Luiz Henrique para a relatoria. Entretanto, ele mant�m em aberto a indica��o para, ainda, tentar um acordo com o governo.
O presidente do PMDB disse, ainda, que tem conversado com colegas de outros partidos com representa��o no Senado e a tend�ncia � a mesma que a do seu partido, a exce��o do PT. Raupp ressaltou que, quanto a postura do l�der do governo na Casa, Romero Juc� (PMDB-RR), caber� a tentativa de "trabalhar para tentar um acordo entre os partidos e o governo".
No PTB, que tem a terceira maior bancada com seis senadores, a tend�ncia, tamb�m, � acompanhar os deputados que aprovaram o texto do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), acrescido das emendas apresentadas. O l�der do partido e vice-l�der do governo, Gim Argello (DF), destacou, no entanto, que ter� que se reunir com a bancada para confirmar essa tend�ncia.
At� mesmo senadores de partidos tradicionalmente alinhados com o governo petista, como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), saiu em defesa do projeto da C�mara e de pontos pol�micos como a transfer�ncia aos estados da compet�ncia de legislar sobre a libera��o de planta��es e pecu�ria em �reas de prote��o permanente. Segundo ela, a medida � positiva porque as autoridades locais conhecem bem as peculiaridades de seus respectivos estados.
No PSDB, que tem 10 senadores, a maioria da bancada est� afinada com o texto da C�mara. O l�der do partido no Senado, �lvaro Dias (PR), disse que "a maioria da bancada segue essa corrente rural". Entretanto, ele destacou que ainda n�o tem no��o de como o partido tratar� os pontos mais pol�micos do texto como a estadualiza��o das compet�ncias ambientais e a anistia aos produtores e pecuaristas que desmataram APPs.
Pessoalmente, o tucano � favor�vel a estadualiza��o. �lvaro Dias considera este ponto "uma das coisas boas" do projeto aprovado pelos deputados. Mas ressalvou que caber� ao Senado "amarrar isso sem afetar o conte�do geral do C�digo Florestal".
O petista Lindberg Farias (RJ) disse que, em seu partido, "tirando poucas exce��es" existe o clima mais positivo para tentar modificar o texto dos deputados. O senador destacou que o PT est� atento para a como��o [negativa] da sociedade diante do projeto aprovado pela C�mara.