
Bras�lia – Feita a troca de comando na Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff passou a cuidar de organizar a coordena��o pol�tica do governo. Ela est� decidida a trocar o ministro de Rela��es Institucionais, Luiz S�rgio. Mas, segundo informa��es colhidas pelo Estado de Minas junto a v�rios ministros de Dilma, a substitui��o n�o ser� feita de imediato. Isso porque o mesmo PT que n�o conseguiu se articular para sustentar a posi��o de Antonio Palocci no governo v� suas alas na C�mara brigando pelo cargo de Luiz S�rgio.
A bancada do PT na C�mara tem hoje dois grupos que se sobrep�em �s tradicionais tend�ncias do partido. Um dos grupos � formado pelo pr�prio Luiz S�rgio, o l�der do governo, C�ndido Vaccarezza (SP), e ainda o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, Jo�o Paulo Cunha(SP). O outro � composto pelos deputados Ricardo Berzoini (SP), o l�der do PT, Paulo Teixeira (SP), o ex-presidente da C�mara Arlindo Chinaglia (SP) e o atual, Marco Maia (RS), e a maior parte da bancada mineira. "A decis�o de substituir est� tomada e, se as alas n�o se entenderem, Dilma escolher� um nome da cabe�a dela", comentou um ministro.
“Refrigerado” Para que o PMDB n�o ocupe mais espa�o, o novo ministro deve ser algu�m com autonomia e "refrigerado", ou seja, que passe a ideia de que a articula��o pol�tica est� mais robusta e reformulada. O perfil do substituto foi tra�ado nessa quarta-feira numa reuni�o no Planalto com a presen�a dos ministros da Secretaria-geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho; de Comunica��es, Paulo Bernardo; da Sa�de, Alexandre Padilha; e os l�deres C�ndido Vaccarezza, Paulo Teixeira e o do Senado, Humberto Costa. O pr�prio Luiz S�rgio participou de um peda�o da reuni�o. Ao The New York Times, que preparava nessa quarta-feira uma reportagem sobre as mudan�as na equipe de Dilma, Costa foi direto: "Precisamos de uma articula��o pol�tica mais resolutiva e com autonomia e em quem a presidente confie".
O novo interlocutor ter� que ter ainda tr�nsito na C�mara e no Senado, caracter�stica que Luiz S�rgio n�o tem. Por isso, h� no PT quem considere que a perman�ncia de S�rgio poderia levar o PMDB a dominar a parte pol�tica do governo. E os movimentos do PMDB no sentido de fortalecer Luiz S�rgio foram vistos como algo nessa dire��o. "Nosso papel � refor�ar Luiz S�rgio. N�o vamos nos meter nisso", comentou o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR).
Citado como um dos poss�veis nomes para substituir Luiz S�rgio, Vaccarezza defendeu o atual ministro: "Quem decide isso � a presidente. Nunca houve um per�odo t�o produtivo de vota��es em um governo do que esses cinco meses da presidente Dilma. A C�mara aprovou v�rias MPs e s� perdemos uma emenda no C�digo Florestal. N�o vejo erros da coordena��o pol�tica. � uma injusti�a o que se diz", afirmou Vaccarezza, que ainda aposta na perman�ncia de Luiz S�rgio. Nessa quarta-feira, entretanto, era o �nico a acreditar que Dilma n�o far� a mudan�a na articula��o pol�tica do governo. O prazo, entretanto, � que ningu�m sabe se ser� ainda esta semana ou levar� mais alguns dias.