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Estado de Minas

Disputa pol�tica entre PT e PMDB paralisa programa espacial brasileiro


postado em 16/06/2011 09:15 / atualizado em 16/06/2011 09:16

A disputa pol�tica envolvendo dirigentes do PT e do PSB e a recusa do governo da presidente Dilma Rousseff em colocar mais dinheiro na empresa binacional Alc�ntara Cyclone Space (ACS), uma sociedade com o governo da Ucr�nia, paralisam o programa espacial brasileiro. Criada em 2007 para desenvolver e lan�ar o foguete Cyclone 4 da base de Alc�ntara, no Maranh�o, a ACS, que era um feudo do PSB, n�o paga os fornecedores desde abril e s� tem dinheiro para as “despesas administrativas” at� o fim do ano.

O diretor-geral interino Reinaldo Jos� de Melo disse, em carta enviada no dia 27 de maio ao ministro Aloizio Mercadante (Ci�ncia e Tecnologia), que a falta de dinheiro poder� acarretar “consequ�ncias imprevis�veis”. Sem mais recursos, segundo ele, “n�o ser� mais poss�vel realizar outros pagamentos destinados ao desenvolvimento do Projeto Cyclone 4, o que far� com que o ritmo dos trabalhados sofra uma diminui��o dr�stica”.

Al�m das diverg�ncias envolvendo dois partidos da base do governo, o programa vem sendo tocado sem nenhuma transpar�ncia. Criado ap�s a trag�dia da explos�o da base de lan�amento e a morte de 21 pessoas em Alc�ntara, em 2003, o projeto prev� uma parceria internacional or�ada em R$ 1 bilh�o, metade do investimento para cada pa�s e lucros rateados no futuro com o lan�amento comercial de sat�lites para o espa�o.

O problema � que o Brasil j� repassou R$ 218 milh�es, enquanto a Ucr�nia p�s bem menos, R$ 98 milh�es. A promessa inicial era lan�ar o foguete em 2010. Agora, o discurso oficial � 2013. Internamente, a aposta � que, se ocorrer, ser� somente a partir de 2015.

Defesa

A ACS disse ao jornal O Estado de S. Paulo que vem enfrentando dificuldades financeiras para tocar o projeto espacial. “H� dificuldades or�ament�rias e financeiras dos dois pa�ses (Brasil e Ucr�nia) na libera��o de recursos para a integraliza��o do capital aprovado pelas partes.”

A empresa afirmou que, diante disso, tem renegociado o pagamento dos contratos das obras. “A ACS est� negociando o cronograma f�sico-financeiro com as construtoras de forma a se adequar �s disponibilidades or�ament�rias e financeiras e aos prazos e recursos dispon�veis com o objetivo de cumprir o tratado.”

Segundo a ACS, “as dificuldades de caixa t�m origem na intensifica��o dos trabalhos das obras em Alc�ntara devido ao encerramento do per�odo de chuvas na regi�o e o consequente aumento do ritmo dos trabalhos das empresas”. E disse crer na libera��o de recursos pelo governo brasileiro em julho. A parte da Ucr�nia “est� prevista para setembro”.

Por sua assessoria, o ministro Aloizio Mercadante informou que pretende liberar recursos at� fim deste m�s ou come�o de julho e mant�m a previs�o de iniciar as opera��es daqui a dois anos.

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