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Estado de Minas

Base briga por 300 cargos do 2� escal�o do governo federal

De olho nas urnas, aliados cobram nomea��es para vagas na m�quina administrativa federal PT e PMDB disputam indica��es. Dilma d� aval a Ideli para negociar, mas mant�m ressalvas


postado em 16/06/2011 06:00 / atualizado em 16/06/2011 07:37

Bras�lia – A pressa dos aliados do governo Dilma Rousseff pelas nomea��es para os cargos de segundo e terceiro escal�es � motivada pelas elei��es municipais de 2012. O n�mero de vagas em disputa pode parecer pouco expressivo – aproximadamente 300 –, mas catalisa a for�a pol�tica dos partidos nos estados. Somadas ao empenho das emendas parlamentares, representam o prest�gio dos deputados junto a prefeitos e vereadores e a oportunidade de ter o que mostrar aos eleitores no ano que vem. Mais uma vez, PT e PMDB s�o os principais oponentes, de olho em mais da metade desses postos. O partido da presidente Dilma Rousseff apresentou uma lista com 104 demandas, enquanto a legenda do vice Michel Temer cobra 50 nomea��es.

Os aliados reclamam que o PT � hegem�nico na base da pir�mide. Aproximadamente 70% dos cargos cobi�ados est�o nas m�os de petistas. A indica��o de um nome de outra legenda para qualquer �rg�o federal n�o significa que o partido ter� liberdade administrativa para compor as respectivas diretorias. Normalmente, os aliados emplacam um nome de sua prefer�ncia, mas a base do �rg�o federal continua dominada pelo PT, o que implica inevit�vel paralisia e disputa pol�tica.

Os principais objetos de desejo s�o minist�rios com or�amento para grandes obras e projetos, como Transportes, Energia, Cidades, Integra��o Nacional e Agricultura. Tamb�m querem emplacar nomes nos bancos p�blicos e de investimento, como o BNDES, Caixa Econ�mica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e da Amaz�nia. Com isso, acreditam que conseguir�o aliar a execu��o dos projetos a uma libera��o mais �gil de recursos.

T�cnicos

Superada a crise pol�tica que paralisou o governo por quase um m�s e que culminou na demiss�o de Antonio Palocci da Casa Civil, a presidente Dilma deu o aval para que a ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, fa�a um levantamento de todas as pend�ncias na m�quina p�blica federal. Mas ainda mant�m algumas ressalvas. A primeira � que n�o aceitar�, sob nenhuma hip�tese, nomea��es pol�ticas para as ag�ncias reguladoras. A segunda � a manuten��o do cuidado dos aliados em indicar nomes que tenham um m�nimo de conhecimento t�cnico do setor em que v�o atuar. Para um aliado, todos os partidos t�m seus especialistas, mas o Pal�cio do Planalto insiste em achar que os "PHDs" do PT s�o melhores que os demais. Lentamente, no entanto, o governo vai saindo da letargia. Na ter�a-feira tomou posse o novo presidente do Banco do Nordeste (BNB), Jurandir Santiago, nome negociado em conjunto entre o PMDB ligado ao senador Eun�cio Oliveira (CE) e o PSB do governador do Cear�, Cid Gomes.

Dificuldades

O PT � apontado como o maior respons�vel pelas dificuldades nas nomea��es. Por ser o partido da presidente, a legenda resiste a desalojar os filiados e, quando isso � necess�rio, cobra que ele seja imediatamente encaixado em outro lugar ou que o sucessor tamb�m seja apadrinhado por um petista. Um exemplo disso � a nomea��o de S�rgio D�maso para a presid�ncia do Departamento Nacional de Produ��o Mineral (DNPM), apoiado pelo PMDB. A indica��o s� foi confirmada, ap�s dois meses de debates, quando o grupo petista ligado ao ex-ministro Patrus Ananias avalizou a escolha.

Ainda � uma inc�gnita se Ideli Salvatti conseguir� atender os anseios dos partidos aliados. O modelo de articula��o pol�tica anterior mostrou-se ineficaz. O ex-ministro de Rela��es Institucionais Luiz S�rgio anotava todos os pedidos dos aliados e repassava a lista para Palocci. Cabia a ele a tarefa de levar as demandas para Dilma. Reza a lenda que a cada 10 indicados a presidente aceitava dois ou tr�s, no m�ximo. Os aliados torcem para que Dilma se torne mais flex�vel, aproximando-se mais do perfil de seu antecessor, Luiz In�cio Lula da Silva, que cobrava a fidelidade nas vota��es no Congresso sem se preocupar com os indicados pelos partidos aliados.

Dilma iniciou o mandato buscando impor uma imagem de austeridade e um perfil mais gerencial. Mas j� foi avisada de que todos os presidentes que "deram as costas ao Congresso" tiveram extrema dificuldade para governar.


Em disputa

70% dos cargos do segundo e terceiro escal�o est�o nas m�os do PT.

Vagas: 300

Sal�rios: de R$ 8 mil a R$ 12,7 mil, em valores brutos

�reas de interesse: especialmente minist�rios ligados ao setor de infraestrutura (Transportes, Energia, Integra�ao Nacional, al�m da Agricultura e Incra) e diretorias de bancos p�blicos

Ag�ncias reguladoras: aliados j� sabem que Dilma n�o abre m�o de nomes t�cnicos

Maiores interessados: PT e PMDB. Os petistas apresentaram uma lista com 104 nomes. J� o PMDB, outros 50


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