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Estado de Minas

Redes sociais on-line auxiliam ativismo


postado em 26/06/2011 07:25 / atualizado em 26/06/2011 10:13

Em outro canto do mundo, elas ajudaram a derrubar um ditador. Aqui s�o as principais respons�veis por manifesta��es de todas as ordens e grandezas. Nada de partidos, sindicatos ou diret�rios de estudantes. O ativismo agora � direto, sem intermedi�rios, com a ajuda apenas das redes sociais. A mobiliza��o pode ser para protestar contra a perman�ncia h� d�cadas de um ditador no poder, caso recente da Gr�cia, para defender liberdade de express�o, respeito �s mulheres e � diversidade sexual, a constru��o de esta��o do metr� em um bairro de classe alta. Tamb�m pode ser para exigir o afastamento de uma prefeita, caso de Natal (RN), onde um movimento na internet pede o afastamento de Micarla de Souza (PV), ou apenas para exigir abertura de di�logo com a dire��o de uma escola. Foi o que aconteceu na semana passada em Belo Horizonte, em um dos mais tradicionais col�gios da capital mineira, que tem no rol de seus ex-aluno a presidente Dilma Rousseff.

Estudantes da escola Santa Dorot�ia, antigo Col�gio Sion, organizaram via Facebook um protesto contra a proibi��o da dire��o da escola de usar cal�a jeans, restri��o imposta aos alunos que frequentam todas as s�ries, com exce��o do terceiro ano do ensino m�dio. No dia combinado, cerca de 150 alunos apareceram de surpresa na escola com o uniforme proibido. Quando perceberam algo de estranho, os diretores foram para a porta da escola e s� deixaram entrar quem estava com autoriza��o dos pais. Os outros foram convocados para uma conversa no audit�rio da escola.

“Eles (a diretoria) estavam querendo entender o motivo daquilo. Primeiro acharam que est�vamos fazendo gra�a com o terceiro ano. Depois perceberam que quer�amos ser ouvidos. Foi a primeira vez que escola nos chamou para conversar e nos ouviu”, contou um aluno, que preferiu n�o se identificar. Por v�rias vezes, mas de maneira isolada, os alunos tentaram discutir o assunto. Sem sucesso, criaram um perfil falso no Facebook, convocaram todos os alunos e conseguiram pelo menos ser recebidos. A dire��o prometeu para agosto uma resposta sobre a libera��o da cal�a jeans.

Descontentes

Para a historiadora e blogueira Concei��o Oliveira, conhecida no Twitter pelo perfil @mariafro, as “redes sociais virtuais ampliam o alcance de vozes descontentes”. “Mas, se n�o fortalecemos a organiza��o no mundo offline, se n�o ocupamos as ruas, n�o se muda muita coisa apenas 'xingando muito no Twitter'. Precisamos ser at� mais organizados e respons�veis pelo poder de dissemina��o que as redes t�m”. Segundo ela, a revolu��o no Egito, que culminou com a queda do ditador Osmir Hosni Mubarak, os acampados na Espanha, o churrasco da “gente diferenciada”, as marchas da liberdade e das “vadias”, o fora Micarla em Natal s�o exemplos de manifesta��es das quais os que aderem usam as redes sociais para marcar protestos, mobilizar outros descontentes, divulgar suas a��es. “Por isso, uma das lutas da blogosfera progressista � pela universaliza��o da rede, com banda larga de qualidade, acess�vel a todos e com liberdade.” “A liberdade na internet d� poder aos cidad�os”, resume.

Para Eduardo de Jesus, publicit�rio e doutor em m�dias digitais, a internet e as redes sociais s�o ferramentas que colaboram para que as mobiliza��es sociais aconte�am, mas ele n�o acredita que sejam essenciais ou determinantes. “N�o foi s� por causa da internet que conseguiram derrubar a ditadura, por exemplo. H� v�rios outros fatores por tr�s dela. Primeiramente tem de existir o desejo das pessoas de ir �s ruas, de querer articular. Mas n�o h� d�vida de que as redes sociais d�o um g�s tremendo e facilitam muito a difus�o da informa��o.”

For�as diferentes


O analista de sistemas Juninho Viotti, um dos articuladores da Marcha da Liberdade em Belo Horizonte, afirma que sem as redes sociais n�o seria poss�vel aglutinar tantas for�as diferentes em torno de um mesmo objetivo, como tem acontecido nos �ltimos tempos. Ele conta que as principais ferramentas usadas na articula��o do movimento foram o Twitter e o Facebook. Eles tiveram apenas 20 dias para organizar o movimento e conseguiram levar centenas de pessoas para as ruas em um objetivo comum. “A mobiliza��o come�ou em 28 de maio, quando aconteceu a marcha da liberdade em S�o Paulo, e eles convocaram a marcha nacional. Come�ou na rede e depois foi para as ruas”, conta. Para ele, as redes sociais hoje em dia abrem um espa�o importante de debate, principalmente o Facebook e o YouTube. “O YouTube serve mais como uma ferramenta de massifica��o do debate. � onde as pessoas t�m maior visibilidade porque elas podem mostrar o rosto”, justificou.

Saiba mais

Na internet as redes sociais s�o comunidades on-line onde seus integrantes se relacionam, trocam mensagens, informa��es, postam v�deos, artigos, links para outras p�ginas na web.

Atualmente, as principais redes da internet s�o o Twitter, uma esp�cie de microblog onde o internauta pode escrever textos de at� 140 caracteres e tamb�m publicar links de endere�os e fotos, e o Facebook, que permite a postagem de fotos, v�deos em �lbuns e tamb�m a troca de mensagem com todos que fazem parte da sua rede de amigos.

O Brasil tem hoje 43,2 milh�es de usu�rios da internet, segundo dados divulgados em maio por uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opini�o P�blica e Estat�stica (Ibope). Este n�mero � 13,9% maior em rela��o � estat�stica de mar�o do ano passado


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