Bras�lia – Com a recusa do senador Blairo Maggi (MT) em assumir o Minist�rio dos Transportes, o PR corre atr�s do preju�zo e pretende levar at� segunda-feira dois nomes de ministeri�veis para a presidente Dilma Rousseff: o ex-senador C�sar Borges (PR-BA) e o deputado federal Luciano Castro (PR-RR). A pressa do partido � perfeitamente justific�vel. A dificuldade do PR em apresentar um nome para substituir Alfredo Nascimento agrada � presidente Dilma Rousseff. Enquanto o partido n�o resolve os conflitos internos, a presidente mant�m Paulo S�rgio Passos como interino na pasta, o que garante total controle sobre o minist�rio administrado pelo PR.
O principal cotado para assumir a pasta, o senador Blairo Maggi (PR-MT), rejeitou o convite. Quando foi sondado pelo secret�rio-geral da Presid�ncia, ministro Gilberto Carvalho, ele j� havia dado a entender que seria dif�cil aceitar. Maggi tem v�rios neg�cios com o governo federal, como uma parceria com a Marinha Mercante para o transporte de soja na Amaz�nia e empr�stimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). No minist�rio, Blairo teria que abrir m�o do comando das empresas pelo per�odo em que estivesse no governo e passaria a ser uma vidra�a maior para os ataques da oposi��o.
O PR espera que Dilma opte por um quadro pol�tico, e n�o um t�cnico como Passos – para pacificar uma legenda que est� em ebuli��o desde a eclos�o da crise. Em rela��o a Borges e Castro, pesam pr�s e contras. O ex-senador baiano � visto como administrador competente, mas egresso de quadros ligados a Antonio Carlos Magalh�es. Pior: amea�ou romper com o governo na campanha do ano passado por achar que n�o estava tendo apoio para ser candidato ao Senado.
Castro chegou a ser cogitado para o cargo no in�cio do ano. O deputado j� fala como um dos favoritos ao posto. Segundo ele, a miss�o de chefiar os Transportes vai exigir dedica��o exclusiva e muito empenho para afastar o minist�rio da crise que o assombra. “Uma coisa � a pessoa virar ministro no in�cio do governo. Outra, completamente diferente, � assumir no meio da crise. A miss�o de fechar esse buraco � muito delicada”, diz.
Para sobreviver aos ataques e � fiscaliza��o constante dos �rg�os de controle e da imprensa, Luciano Castro tem a receita, caso seja o indicado. “O jeito ser� analisar cuidadosamente cada decis�o e cada obra. Isso tudo, claro, contando tamb�m com a imprensa para ajudar a saber onde tem rolo e onde n�o tem. Para qualquer um que assuma o posto, ser� dif�cil livrar a pasta da crise. Ter� de ser um trabalho de dedica��o intensa”, opina. (Colaborou Izabelle Torres)
