O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, disse que desde sua posse na autarquia, em 2007, est� grampeado ilegalmente. Ele afirmou que j� tem as provas de que � v�tima de escutas ilegais e vai procurar a Pol�cia Federal para pedir provid�ncias sobre a a��o dos arapongas.
Ele desconfia que por tr�s dos grampos est�o a Pol�cia Federal e a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin). “A PF e a Abin t�m de responder por isso. Passo por um processo de investiga��o. Eles v�o ter de explicar isso.”
“Eu estava na casa de um amigo. Perguntei se poderia passar o n�mero dele. Dez minutos depois uma pessoa me ligou, disse que trabalha num �rg�o de seguran�a do governo e que daria provas de que eu sempre fui grampeado”, contou Pagot.
“Do outro lado da linha, a pessoa perguntou se eu me lembrava de ter, por telefone, no ano passado, aconselhado um amigo de Mato Grosso a n�o se candidatar a deputado, sob o argumento de que ele seria massacrado na elei��o. Eu me lembrava. Mas n�o fiquei convencido, porque o amigo poderia ter contado a conversa.”
Em seguida, segundo Pagot, a voz do outro lado do telefone come�ou a dar detalhes de uma conversa dele com a filha Vanessa. Pagot disse que nessa hora se convenceu de que a pessoa sabia mesmo do conte�do de suas conversas. “Esse di�logo entre pessoas de uma mesma fam�lia n�o poderia ter vazado se eu n�o estivesse grampeado.”
A PF disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que a pol�cia s� realiza escutas mediante ordem judicial e sob controle do Minist�rio P�blico. Acrescentou que n�o comenta quem s�o os alvos desse tipo de monitoramento legal e desconhece que Pagot seja um deles. A Abin n�o se manifestou.