(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Base aliada pressiona governo a manter Pagot no Dnit

Vice-presidente, parlamentares e governistas pressionam para que Dilma reconsidere a decis�o de exonerar o diretor-geral da autarquia. Presidente afirma que n�o voltar� atr�s


postado em 14/07/2011 06:00 / atualizado em 14/07/2011 08:08


Bras�lia – Cresce na base aliada e no Pal�cio do Planalto a press�o para que a presidente Dilma Rousseff recue da decis�o de exonerar o diretor geral do Dnit Luiz Antonio Pagot assim que este retornar de suas f�rias na semana que vem. Depois de dois dias de depoimento no Congresso, totalizando mais de 12 horas de exposi��o a deputados e senadores, a avalia��o dos governistas � de que Pagot portou-se bem, mostrando que as den�ncias contra ele no esc�ndalo que derrubou a c�pula do Minist�rio dos Transportes eram “inconsistentes”. At� mesmo o vice-presidente, Michel Temer, defende uma postura mais cautelosa. “Vamos esperar o fim das f�rias dele (Pagot) para resolver essa quest�o”, declarou. Dilma entretanto, afirmou que n�o desistir� da exonera��o. O recado foi enviado a senadores que participaram de coquetel � noite.

Defensores de Pagot no Planalto afirmam que as den�ncias envolvendo a c�pula do Minist�rio dos Transportes podem ter car�ter criminal ou apenas gerencial. E que, se as investiga��es apontarem que n�o houve dolo no Dnit, n�o existe motivo para Pagot continuar fora do Executivo. Dilma, contudo, ainda resistiria � ideia e manteria, segundo aliados pr�ximos, a disposi��o de exonerar o ex-diretor do Dnit caso ele n�o pe�a demiss�o quando retornar das f�rias. S� n�o faria isso agora para n�o permitir o discurso de que ele poupou o governo e, ainda assim, foi abandonado �s tra�as pelo Planalto.

Integrantes da base avaliam que Pagot teve boa atuação diante dos parlamentares nas mais de 12 horas de explicações ao Congresso(foto: Wilson Dias/ABr)
Integrantes da base avaliam que Pagot teve boa atua��o diante dos parlamentares nas mais de 12 horas de explica��es ao Congresso (foto: Wilson Dias/ABr)
Temer, ali�s, entrou para valer na miss�o de pacificar o PR. Na noite de ter�a, o vice-presidente chamou o l�der do PR na C�mara, Lincoln Portela (MG), e o deputado Luciano Castro (RR) para uma conversa. Os dois ensaiavam uma rebeli�o, amea�avam romper com o governo e n�o comparecer ao jantar que Dilma ofereceria na noite de ontem para parlamentares da base aliada. Eles reclamavam de n�o terem sido consultados com anteced�ncia sobre a efetiva��o de Paulo S�rgio Passos como ministro dos Transportes. “Tudo bem, voc�s podem at� fazer um movimento demonstrando insatisfa��o. Mas n�o podem fechar a porta como voc�s est�o querendo fechar”, argumentou Temer. A conversa surtiu efeito. Os dois rebeldes foram at� o Minist�rio dos Transportes manifestar apoio ao novo ministro.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) � que ainda n�o estancou a raiva em rela��o ao epis�dio. Ele segue defendendo que seu pupilo permane�a no Dnit e confirma que far� todos os movimentos para mant�-lo. Confiante ap�s saber do novo aliado, Pagot demonstrou desenvoltura nas 7 horas de depoimento na C�mara quando deixou em todos os presentes a certeza de que continuar�. “Eu pretendo continuar no Dnit para dar sequ�ncia � reestrutura��o do �rg�o”, disse. “Eu n�o sou demission�rio, estou de f�rias. Mas o futuro pertence a Deus e � presidente Dilma”, afirmou. Ainda de olho na vaga, o senador Cl�sio Andrade (PR-MG) voltou a defender ontem que a dire��o do �rg�o seja dada a um mineiro. (Com ag�ncias)


Grampo

O diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, declarou ontem na C�mara que est� sendo grampeado h� pelo menos dois anos e meio. Disse que na semana passada, 5 de julho – tr�s dias depois da publica��o da mat�ria denunciando o pagamento de propinas no Minist�rio dos Transportes –, recebeu uma liga��o de uma pessoa que se identificava apenas como “um servidor de �rg�os de intelig�ncia do governo”. E que essa pessoa teria relatado pelo menos tr�s conversas de Pagot com um candidato a prefeito do interior do Paran�, com a pr�pria filha e uma terceira negociando a venda de 600 cabe�as de gado. “Por isso n�o tenho medo de quebra de meus sigilos banc�rio e telef�nico, porque j� est� quebrado h� muito tempo.” Pagot disse que vai pedir uma investiga��o � Pol�cia Federal. “N�o sou apenas eu que devo respostas a eles. Eles tamb�m me devem explica��es”, amea�ou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)