Bras�lia – Cresce na base aliada e no Pal�cio do Planalto a press�o para que a presidente Dilma Rousseff recue da decis�o de exonerar o diretor geral do Dnit Luiz Antonio Pagot assim que este retornar de suas f�rias na semana que vem. Depois de dois dias de depoimento no Congresso, totalizando mais de 12 horas de exposi��o a deputados e senadores, a avalia��o dos governistas � de que Pagot portou-se bem, mostrando que as den�ncias contra ele no esc�ndalo que derrubou a c�pula do Minist�rio dos Transportes eram “inconsistentes”. At� mesmo o vice-presidente, Michel Temer, defende uma postura mais cautelosa. “Vamos esperar o fim das f�rias dele (Pagot) para resolver essa quest�o”, declarou. Dilma entretanto, afirmou que n�o desistir� da exonera��o. O recado foi enviado a senadores que participaram de coquetel � noite.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) � que ainda n�o estancou a raiva em rela��o ao epis�dio. Ele segue defendendo que seu pupilo permane�a no Dnit e confirma que far� todos os movimentos para mant�-lo. Confiante ap�s saber do novo aliado, Pagot demonstrou desenvoltura nas 7 horas de depoimento na C�mara quando deixou em todos os presentes a certeza de que continuar�. “Eu pretendo continuar no Dnit para dar sequ�ncia � reestrutura��o do �rg�o”, disse. “Eu n�o sou demission�rio, estou de f�rias. Mas o futuro pertence a Deus e � presidente Dilma”, afirmou. Ainda de olho na vaga, o senador Cl�sio Andrade (PR-MG) voltou a defender ontem que a dire��o do �rg�o seja dada a um mineiro. (Com ag�ncias)
Grampo
O diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, declarou ontem na C�mara que est� sendo grampeado h� pelo menos dois anos e meio. Disse que na semana passada, 5 de julho – tr�s dias depois da publica��o da mat�ria denunciando o pagamento de propinas no Minist�rio dos Transportes –, recebeu uma liga��o de uma pessoa que se identificava apenas como “um servidor de �rg�os de intelig�ncia do governo”. E que essa pessoa teria relatado pelo menos tr�s conversas de Pagot com um candidato a prefeito do interior do Paran�, com a pr�pria filha e uma terceira negociando a venda de 600 cabe�as de gado. “Por isso n�o tenho medo de quebra de meus sigilos banc�rio e telef�nico, porque j� est� quebrado h� muito tempo.” Pagot disse que vai pedir uma investiga��o � Pol�cia Federal. “N�o sou apenas eu que devo respostas a eles. Eles tamb�m me devem explica��es”, amea�ou.