Bras�lia – O recesso do Congresso veio a calhar para o governo. Em meio � tempestade que atinge a base aliada, ap�s duas quedas e mudan�as de ministros e den�ncias de corrup��o, o Planalto ter� 20 dias de sil�ncio no Legislativo, contando que as f�rias da oposi��o funcionem como �gua para resfriar a temperatura dos esc�ndalos. O recesso foi antecipado e teve in�cio, na pr�tica, quando as casas votaram a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO), na quarta-feira. Mas o semestre legislativo se encerra, oficialmente, segunda-feira, dia 18. A previs�o � de que os trabalhos sejam retomados em 2 ou 9 de agosto.
Para a oposi��o, o calend�rio dos esc�ndalos gerou certa frustra��o. Os advers�rios se articulavam no intuito de iniciar uma CPI para apurar den�ncias no Minist�rio dos Transportes, associando ao assunto a sa�da do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, quando foram interrompidos pelas f�rias do Congresso. Apesar da lacuna temporal, a promessa � retomar os assuntos. “A oposi��o insistir� no esclarecimento. Na volta do recesso, retomaremos o debate dos esc�ndalos Palocci, Transportes e aloprados”, afirmou o senador �lvaro Dias (PSDB-PR).
O presidente da Comiss�o de Assuntos Econ�micos, senador Delc�dio Amaral (PT-MS), comemorou a rejei��o do pedido de convoca��o e afirmou que a decis�o, �s v�speras do recesso, abre espa�o para a agenda de trabalhos do grupo. “No pr�ximo semestre, a CAE vai ser o palco de discuss�es das d�vidas dos estados, mudan�as do IPCA, royalties e financiamento do BNDES.”
O recesso tamb�m ser� o tempo necess�rio para que o governo se acerte com a c�pula do PR, que reagiu � escolha de Paulo S�rgio Passos para substituir Alfredo Nascimento, exonerado da pasta dos Transportes depois de den�ncias de mau uso do dinheiro p�blico. Governistas esperam que as conversas com o partido possam ser mais diretas, sem a influ�ncia de interlocutores e ru�dos externos.
