O presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), disse nesta quinta-feira que o primeiro semestre foi um per�odo de adapta��o no relacionamento entre o Executivo e o Legislativo e que, por isso, “� normal que tenha havido atritos”. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff “compreendeu de forma mais clara” que � tamb�m respons�vel por parte da articula��o pol�tica e n�o apenas os ministros da Casa Civil e de Rela��es Institucionais.
“A Dilma � uma continuidade do governo Lula, mas s�o dois perfis diferentes. A presidente, nesse per�odo, compreendeu de forma mais clara que h� uma parcela da articula��o pol�tica que precisa ser feita por ela, n�o pode delegar a nenhum ministro”, disse em entrevista coletiva para fazer um balan�o dos trabalhos da C�mara no primeiro semestre. Ele disse, ainda, que � preciso que todos os minist�rios estejam mais pr�ximos do Parlamento para responder �s demandas que s�o colocadas por parlamentares.
O deputado ainda negou que esses epis�dios tenham tido qualquer impacto nas vota��es da C�mara. E lembrou que no primeiro semestre a Casa fez 184 sess�es plen�rias, sendo 84 para vota��o de mat�rias em que 320 proposi��es foram aprovadas. Desse total, segundo ele, menos de 10% s�o medidas provis�rias.
Ele ainda defendeu as medidas provis�rias e discordou que elas sejam respons�veis pela maioria das vota��es no Parlamento. “H� um certo modismo em dizer que se � contra as medidas provis�rias, ou que elas interferem nas vota��es. �bvio que elas t�m mais impacto, mas temos de desmistificar essa ideia de que o parlamento s� vota proposi��es em plen�rio. Temos as comiss�es tamb�m”, disse acrescentando que tem conversado com o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), para fechar acordo quanto � proposta que altera o rito de tramita��o das MPs.
“[Queremos] garantir que a C�mara tenha um prazo e que o Senado n�o possa ser espremido pelo prazo que �s vezes se estica e que a C�mara possa, no retorno, fazer as altera��es necess�rias”, comentou.
