O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), ter� de prestar esclarecimentos ao Senado sobre o repasse de R$ 6,2 milh�es a um sindicato de cartolas do futebol para os preparativos da Copa do Mundo de 2014. Reportagem publicada nesta quarta pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que o dinheiro foi liberado em 11 de abril deste ano, mas o projeto para cadastramento das torcidas organizadas nunca saiu do papel.
O l�der do DEM no Senado, senador Dem�stenes Torres (GO), vai requerer a convoca��o do ministro na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). J� o l�der do PSDB, senador �lvaro Dias (PSDB-PR) decide amanh� o que far�, segundo ele, para evitar que o Minist�rio do Esporte continue repassando dinheiro p�blico sem os cuidados para evitar desvios e m� aplica��o.
O l�der do DEM acredita que nada justifica a perman�ncia de Silva no Minist�rio. "Esse ministro � assim mesmo, promete e n�o cumpre e canaliza dinheiro para projetos de fachada", acusou. Dem�stenes cita como exemplo de "descontrole" das atividades de Silva o fato de o principal programa da Pasta, o Segundo Tempo, "ter virado um instrumento financeiro do partido, sem executar as suas metas", lembrou, referindo-se a uma s�rie de reportagens do jornal paulista mostrando que o programa n�o andou. "Ele (o ministro) est� enrolando e tenho certeza que chegar� ao Senado sem explica��es aceit�veis, s� com desculpas".
Documentos mostram que o projeto de R$ 6,2 milh�es teve o empurr�o oficial de Alcino Reis, assessor especial de futebol da Pasta e homem de confian�a de Silva. O presidente do Sindicato Nacional das Associa��es de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administra��o e Ligas (Sindafebol), Mustaf� Contursi, encarregado da execu��o, admitiu que a entidade tem dificuldades em executar o projeto.
O Sindafebol assinou o contrato em que se comprometia a entregar o cadastro dentro do prazo previsto. Mas, segundo seu presidente a �nica coisa feita at� agora foi um teste piloto em Curitiba por dois t�cnicos "n�o contratados", sem usar os R$ 6,2 milh�es j� liberados pelo governo federal.