Em sess�o solene, deputados pedem respeito aos direitos dos deficientes f�sicos

Bras�lia - A C�mara fez nesta segunda-feira uma sess�o solene para lembrar o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Defici�ncia, comemorado no dia 21 de setembro. A Casa conta com tr�s deputados portadores de defici�ncia: Rosinha do Adefal (PTdoB-AL), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Walter Tosta (PMN-MG).

“Todos mostramos que somos aptos para a miss�o � que fomos aclamados. Mesmo com preconceito e discrimina��o, chegamos ao Parlamento do pa�s”, destacou Rosinha do Adefal. Ela agradeceu aos parlamentares que os antecederam e aos integrantes de movimentos sociais em favor da pessoa com defici�ncia, que lutaram pela igualdade de direitos e fim do preconceito. “Cada um dos que lutaram contra o preconceito e a discrimina��o nos ajudou a chegar at� aqui.”

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) ressaltou que o n�mero de deputados com defici�ncia � pequeno diante do total de 513 parlamentares na Casa. “Esta Casa n�o reflete o quadro brasileiro de quase 1 milh�o de deficientes desse pa�s. Os tr�s representantes s�o cadeirantes. N�o temos representante dos deficientes visuais, [pessoas] com de S�ndrome de Down ou com outras defici�ncias. Mas � simb�lico”, disse.

Entretanto, o deputado destacou que a Casa n�o fez as adapta��es necess�rias para garantir o acesso dos deficientes � Mesa no plen�rio. A deputada Rosinha do Adefal precisou ser carregada por seguran�as para poder subir � Mesa. “Subi aqui carregada, correndo o risco de cair, para chamar aten��o. � bom que o Brasil inteiro saiba que, apesar da nossa presen�a, ainda n�o conseguimos a reforma total desse plen�rio”, disse a deputada.

O autor do requerimento para a realiza��o da sess�o solene, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), lembrou que ainda hoje h� uma d�vida social com o deficiente. “Em meados do s�culo 20, faltavam direitos assegurados em lei. N�o havia debates sociais e pol�ticas p�blicas a respeito das pessoas com defici�ncia. Essa car�ncia imp�s s�rias dificuldades em se fazer cobran�as para que os direitos hoje assegurados sejam cumpridos em sua totalidade”, disse, ao lembrar que foi a partir da Constitui��o de 1988 que as pol�ticas p�blicas para os deficientes come�aram a ser garantidas.

Na sess�o solene, foram entregues diversos t�tulos de honra ao m�rito para entidades que lutam em favor dos deficientes, como a Associa��o de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) e a Associa��o Pestalozzi.