A presidenta Dilma Rousseff ratificou nesta sexta-feira, em Ancara, na Turquia, que a consolida��o da democracia e da paz no mundo est� condicionada � reforma do Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU). Mais uma vez, ela defendeu a cria��o de um Estado da Palestina, como direito de conviv�ncia pac�fica com os israelenses. Dilma disse ainda que o fim dos conflitos nos pa�ses mu�ulmanos depende da atua��o da comunidade internacional.
“Defendemos o aprofundamento da democracia, a defesa da democracia e dos direitos humanos”, disse Dilma, depois de se reunir com o o presidente turco, Abdullah Gul, e o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. “Possu�mos uma vis�o pr�pria sobre a tens�o [em pa�ses mu�ulmanos]”, alertou ela. “H� uma nova geopol�tica no mundo.”
Como fez no m�s passado, na 66ª Assembleia Geral das Na��es Unidas, em Nova York, Dilma disse que o Brasil apoia os esfor�os dos palestinos na cria��o de um Estado da Palestina. Segundo ela, apenas dessa forma ser� poss�vel conquistar a paz entre palestinos e israelenses. “Sem uma solu��o para o povo da Palestina tamb�m n�o haver� solu��o para o povo de Israel”, disse.
Por�m, para os israelenses a proposta atual dos palestinos � inegoci�vel. O governo de Israel defende que a capital religiosa do pa�s, Jerusal�m, � indivis�vel, pois h� locais sagrados na cidade que n�o podem ser compartilhados com os palestinos.
No discurso, a presidenta destacou tamb�m as semelhan�as entre os povos brasileiro e turco, formados por diversas etnias. Ela lembrou que h� muitos brasileiros de descend�ncia turca. Segundo Dilma, os la�os sangu�neos contribuir�o para incrementar as rela��es entre Turquia e Brasil.
A presidenta ressaltou que sua expectativa � que Brasil e Turquia atinjam US$ 2 bilh�es em 2011 nas rela��es comerciais. Os governos dos dois pa�ses firmaram acordos de parcerias para a transfer�ncia de presos e auxilio jur�dico.