Depois de oito tentativas e tr�s anos de manobras e favores pol�ticos de amigos como o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e o l�der da For�a Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT) uma confedera��o que diz representar todos os servidores do Pa�s chegou perto de um cofre p�blico e est� quase realizando um velho sonho sindical. A Confedera��o dos Servidores P�blicos do Brasil (CSPB) conseguiu um of�cio em que a C�mara dos Deputados admite descontar e repassar a contribui��o sindical de seus 16 mil funcion�rios.
Se a contribui��o sindical tivesse sido cobrada neste ano - o correspondente a um dia de sal�rio de cada trabalhador -, a C�mara teria recolhido R$ 4 milh�es de seus 16.060 funcion�rios, que custam R$ 118,1 milh�es mensais em sal�rios. E cerca de R$ 800 mil j� estariam no caixa da CSPB.
A For�a Sindical e o PDT querem fincar p� no rent�vel setor dos sal�rios dos funcion�rios p�blicos. Em 8 de julho de 2008, Lupi e o ex- secret�rio de Rela��es de Trabalho Luiz Antonio Medeiros emitiram certid�o atestando que a CSPB "representa" os servidores p�blicos civis dos "Poderes Executivo, Legislativo e Judici�rio, no �mbito federal, estadual e municipal". Tr�s meses depois, no dia 30 de setembro de 2008, Lupi providenciou uma instru��o normativa "dispondo" que "�rg�os da administra��o p�blica federal, estadual e municipal, direta e indireta, dever�o recolher contribui��o sindical de todos os servidores e empregados p�bicos". O que o Minist�rio do Planejamento, que emite as folhas salariais, nunca aceitou. E nunca pagou.
Na pr�tica, a certid�o e a instru��o normativa habilitaram a confedera��o a ir atr�s da contribui��o sindical que um dia, quando os problemas jur�dicos forem superados, pode ser cobrada sobre as folhas salariais das 27 unidades da Federa��o e dos 5.500 munic�pios brasileiros. O que pode render at� R$ 1 bilh�o ao sindicalismo.