(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ap�s den�ncias de desvio de dinheiro, Orlando Silva fica fragilizado na Esplanada

Ministro do Esporte � alvo de acusa��es feitas por policial millitar ex-filiado ao PCdoB


postado em 17/10/2011 09:24 / atualizado em 17/10/2011 09:35

Orlando Silva é acusado por ex-militante do partido dele, o PCdoB,de desvio de verba do Programa Segundo Tempo(foto: Omar Freire 15/02/2011 )
Orlando Silva � acusado por ex-militante do partido dele, o PCdoB,de desvio de verba do Programa Segundo Tempo (foto: Omar Freire 15/02/2011 )
A den�ncia de que teria recebido dinheiro de propina na garagem do Minist�rio do Esporte colocou o titular da pasta, ministro Orlando Silva, em uma situa��o de fragilidade na Esplanada. Alvo de suspeitas anteriores, Orlando j� era visto como um alvo da reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff pretende fazer nos pr�ximos meses. Agora, poder� deixar a fun��o antes deste prazo caso venham � tona novas acusa��es ou n�o consiga demonstrar inoc�ncia nos esclarecimento que prestar� ao Congresso nesta semana.

O policial militar Jo�o Dias Ferreira reiterou nesse domingo a den�ncia feita � revista Veja e proferiu novos ataques. Em seu blog pessoal, Ferreira chamou o ministro de "bandido" e disse que apresentar� �s autoridades provas do esquema de corrup��o no programa Segundo Tempo. "Bandido � voc� e sua quadrilha que faz e refaz qualquer processo do minist�rio de acordo com sua conveni�ncia".

Ele comanda a Associa��o Jo�o Dias de Kung Fu e � presidente da Federa��o Brasiliense da modalidade. As duas entidades firmaram conv�nios com o Minist�rio do Esporte. Segundo Dias, o esquema vem desde a gest�o de Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal, quando Orlando respondia pela secret�ria executiva da pasta.

Em entrevista ao Jornal O Estado de S. Paulo o ministro rebateu novamente as acusa��es e desafiou Jo�o Dias a apresentar documentos que o incriminem. "Este farsante n�o tem e n�o ter� nenhuma prova porque est� mentindo". Orlando n�o quis comentar os ataques publicados na internet pelo policial. "N�o vou me rebaixar a uma pessoa deste n�vel. O di�logo com este marginal s� pode ser feito no Judici�rio".

'Confort�vel'


O ministro afirmou estar confort�vel para permanecer no cargo, mas ressaltou que a decis�o cabe � presidente Dilma. Destacou que, devido � realiza��o de grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimp�adas de 2016, a pasta que ocupa passou a ter mais import�ncia, tornando-se, assim, alvo de disputa na Esplanada. "Sei que tem um jogo pol�tico e que o minist�rio onde atuo aumentou a cobi�a".

Ele reiterou sua disposi��o de ir ao Congresso prestar esclarecimentos. O l�der do PC do B na C�mara, Osmar J�nior (PI) vai apresentar hoje um requerimento. A audi�ncia, que deve ser conjunta nas comiss�es de Fiscaliza��o Financeira e Controle e Turismo e Desporto deve acontecer ainda nesta semana.

Na vis�o de aliados, a situa��o do ministro depende muito do seu desempenho perante os parlamentares. "Temos que aguardar a audi�ncia, mas ele fez bem em se oferecer para ir � C�mara, mostra que ele est� disposto a esclarecer", disse o l�der do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). "Ele tomou uma posi��o firme, deu uma resposta positiva, pediu � Pol�cia Federal para investigar e vai ao Congresso nesta semana. Acho que � uma postura positiva porque ele n�o se escondeu".

No PCdoB, o apoio a Orlando foi manifestado de diversas formas. O presidente da legenda, Renato Rabelo, atribui os ataques de Jo�o Dias a uma "tentativa intimidat�ria contra o partido". Ele afirmou que o PC do B n�o interfere na rotina do minist�rio, mas ressaltou a confian�a em Orlando. O presidente do diret�rio do partido no DF, Augusto Madeira, destacou que Jo�o Dias n�o � militante, apesar de ter se candidato a deputado distrital pela legenda em 2006.

Fredo Ebling, acusado na reportagem da Veja de indicar quem receberia o dinheiro desviado do minist�rio, tamb�m se defendeu. Ele negou qualquer envolvimento. "Venho a p�blico manifestar meu veemente rep�dio �s mentirosas e caluniosas afirma��es contra mim lan�adas". Disse ter conhecido Dias durante a campanha de 2006, quando disputou um cargo de deputado federal, mas diz que o contato entre eles restringiu-se a este per�odo.

O Estad�o j� havia revelado em uma s�rie de reportagens em fevereiro que o programa vinha sendo usado para fazer caixa para o PC do B. Sem licita��o, o ministro entregou a ONGs ligadas ao partido contratos que somaram R$ 30 milh�es em 2010.

Tentativa de acordo. Outro integrante da c�pula do minist�rio foi envolvido no caso por Jo�o Dias. Em seu blog, o policial afirmou que, por ordem de Orlando, o secret�rio nacional de esporte de alto rendimento do minist�rio, Ricardo Leyser, teria tentado localiz�-lo na sexta-feira. "O que ele queria comigo? Fazer mais um daqueles acordos n�o cumpridos?", provocou Dias.

Leyser negou qualquer tentativa de contato, pessoal ou por telefone. "Como, se estou em Guadalajara desde quarta-feira? Estou acompanhando os jogos Pan Americanos. Pode verificar se tem alguma liga��o dos nossos celulares aqui, n�o vai ter, se tem liga��o no hotel, n�o vai ter", afirmou o secret�rio. "Como eu o procurei? Por teletransporte?", ironizou.

O secret�rio questionou ainda a acusa��o feita pelo policial de que Orlando teria recebido propina na garagem do minist�rio. "N�o parece uma coisa razoavelmente plaus�vel de acontecer, nem no Minist�rio dos Esportes, nem outro minist�rio. A garagem tem gente, tem movimento, tem seguran�a, tem c�mera. Se um ministro ou secret�rio-executivo desce, todo mundo conhece, n�o tem a menor possibilidade de acontecer isso", disse Leyser.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)