Bel�m (PA) %u2013 A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse hoje (16) que o texto do novo C�digo Florestal, aprovado na �ltima semana, nas comiss�es de Agricultura e de Ci�ncia e Tecnologia do Senado, %u201Cest� p�ssimo%u201D. A vota��o dos destaques ao texto ainda est� pendente, mas, segundo Marina, o relator do c�digo nas duas comiss�es, Luiz Henrique (PMDB-SC), n�o incorporou ao texto medidas que garantam a manuten��o de �reas de preserva��o permanente (APPs) e reserva legal nas propriedades rurais. %u201CAt� agora, o relat�rio est� p�ssimo. O governo vai ter que bancar o que eles prometeram para a sociedade, de que n�o haveria emendas na CCJ [Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, por onde o texto passou antes] porque o Luiz Henrique iria acatar as emendas dos senadores e da sociedade. Como ele n�o acatou, agora espero que o governo trabalhe para que essas emendas estejam no relat�rio do senador Jorge Viana [que relatar� a mat�ria na Comiss�o de Meio Ambiente]%u201D, disse Marina depois de participar de debate no encontro anual do F�rum Amaz�nia Sustent�vel.
Na Comiss�o de Meio Ambiente, o senador Jorge Viana (PT-AC), tenta buscar consenso sobre as quest�es mais pol�micas, como a redu��o das APPs e a possibilidade de anistia para quem desmatou ilegalmente. Depois de passar pela comiss�o, o novo c�digo seguir� para vota��o no plen�rio do Senado e, em seguida, voltar� � C�mara dos Deputados caso sofra altera��es. Na avalia��o de Marina, %u201C� mais prudente%u201D tentar melhorar o texto ainda no Congresso do que depender do veto presidencial. %u201CSe dermos sustenta��o pol�tica para a mudan�a agora, com certeza, podemos fazer a diferen�a%u201D, disse a ex-ministra, que convocou a sociedade a se manifestar contra as mudan�as na lei florestal. Marina, que foi ministra do Meio Ambiente nos governos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva por quase seis anos, disse que a tentativa de flexibilizar o C�digo Florestal � o estopim de uma s�rie de retrocessos na �rea ambiental. %u201CJ� mudaram regras de unidades de conserva��o, j� tiraram compet�ncia do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis] em fiscalizar desmatamento e, agora, se quer tirar o �ltimo basti�o da defesa das florestas do Brasil, que � o c�digo. � uma agenda de retrocessos%u201D, avaliou.