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Estado de Minas

Fraturado, PDT empurra Lupi

Correligion�rios do ministro defendem sua sa�da do cargo durante audi�ncia no Senado. Dentro da legenda, poss�veis sucessores j� se movimentam na disputa pelo minist�rio


postado em 18/11/2011 06:00 / atualizado em 18/11/2011 06:25

"Entendo que o PDT deva se afastar, porque n�o det�m mais a confian�a da sociedade brasileira nesse minist�rio" - Pedro Taques, senador (PDT-MT) (foto: Paulo de Ara�jo/CB/D.A Press)

 

O PDT n�o consegue mais esconder as fraturas que a crise que atinge o Minist�rio do Trabalho provocaram na c�pula do partido. A audi�ncia de ontem na Comiss�o de Assuntos Sociais do Senado real�ou o racha entre representantes estaduais da sigla. Enquanto o l�der do partido na Casa, Acir Gurgacz (RO), se esfor�ou para tentar defender o ministro Carlos Lupi das acusa��es que pesam sobre ele e a gest�o da pasta, seus correligion�rios no Senado ignoraram o posto de lideran�a do parlamentar de Rond�nia e aproveitaram a sess�o para pedir a sa�da do titular do Trabalho.


 Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) afirmaram que o correligion�rio n�o tem condi��es de permanecer no cargo. “Em inst�ncias como a Pol�cia Federal, a presun��o de inoc�ncia � fundamental, mas quando se fala em pol�tica, se fala em confian�a. Entendo que o PDT deva se afastar, porque n�o det�m mais a confian�a da sociedade brasileira nesse minist�rio. N�s do PDT devemos nos apear do minist�rio”, disse Taques. “Menor do que sair como o senhor est� agora, s� sair demitido por telefone, como aconteceu comigo”, recomendou Buarque, referindo-se � forma como foi comunicado de sua demiss�o do Minist�rio da Educa��o pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Os senadores, entretanto, consideraram que o ministro saiu-se bem no depoimento de ontem.

Al�m do minist�rio, provoca a cobi�a dos pedetistas a possibilidade da vac�ncia da presid�ncia do partido. Antes mesmo de Lupi deixar a pasta, uma lista de sucessores se movimenta politicamente para ocupar o cargo. Os nomes v�m do Cear�, com o presidente em exerc�cio, deputado Andr� Figueiredo, do Rio de Janeiro, com o deputado Brizola Neto, e do Rio Grande do Sul, com o deputado Vieira Cunha. Maranh�o e Distrito Federal tamb�m avan�am para aproveitar o momento de fragilidade de Lupi, presidente de honra da sigla, e ampliar a participa��o dos diret�rios.

Em S�o Paulo, o deputado Jo�o Dado ganha o apoio do l�der sindical Paulinho da For�a (PDT-SP) para substituir Lupi no minist�rio. Paulinho tem sido um dos poucos defensores do ministro em declara��es p�blicas, mas, nos bastidores, articula para emplacar o aliado na pasta.

Balan�o

Com o v�cuo de poder na c�pula do partido, declara��es de correligion�rios do ministro defendendo a sa�da e fazendo cr�ticas ao colega se multiplicam mais r�pido do que manifesta��es de apoio. Mas de todas, a que mais chateou Lupi foi a fala de Andr� Figueiredo, sugerindo sua sa�da. O deputado tenta se cacifar para herdar o minist�rio, mas tem dificuldade em superar o ran�o do partido em indicar nomes fora do eixo Rio de Janeiro–Rio Grande do Sul, estados que produziram os mais fortes representantes da legenda.

Cargo no lusco-fusco O depoimento do ministro do Trabalho no Senado n�o o tirou de foco nem alterou a disposi��o da presidente Dilma Rousseff de substitu�-lo. Mas garantiu a ele mais algum per�odo no cargo. A avalia��o no Planalto � a de que o estrago pol�tico causado pela sucess�o de vers�es a respeito da viagem ao Maranh�o e as suspeitas de desvio de verbas de ONGs ligadas ao Minist�rio do Trabalho n�o se diluiu diante das declara��es do ministro ontem no Congresso. O governo considera que Lupi n�o desfez a impress�o de que havia mentido no depoimento inicial, nem apresentou provas a respeito do uso de um avi�o particular, oferecido pelo empres�rio Adair Meira, dono de uma ONG que tem contatos de R$ 10,4 milh�es com o Minist�rio do Trabalho. (Com Denise Rothenburg)


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