A presidente Dilma Rousseff evitou nesta sexta-feira usar a sua hist�ria de ex-guerrilheira pol�tica, no discurso durante a cerim�nia de san��o das leis de cria��o da Comiss�o da Verdade e de Acesso � Informa��o. Dilma foi muito aplaudida em diversos momentos do discurso. Para ela, a data de hoje � hist�rica, em comemora��o da transpar�ncia e da liberdade. "Hoje o Brasil inteiro se encontra, enfim, consigo mesmo, sem revanchismo, mas sem a cumplicidade do sil�ncio".
Os comandantes das tr�s For�as estavam presentes � solenidade. Mas, em v�rios momentos, n�o aplaudiram o discurso da presidente. Durante o processo de elabora��o da lei de cria��o da comiss�o da verdade houve muitas resist�ncias dos militares, e a quest�o gerou muita pol�mica nas For�as Armadas. O ministro da Defesa, Celso Amorim, ao final da cerim�nia, amenizou o clima dizendo que "todos estavam representando a verdade, sem revanchismo". Uma aus�ncia que chamou a aten��o foi a do presidente do Senado, Jos� Sarney, que foi contra o projeto de acesso � informa��o.
Para a presidente Dilma, a lei de acesso � informa��o e a institui��o da comiss�o da verdade t�m uma "importante conex�o". "Uma n�o existe sem a outra, uma � pr�-requisito para a outra, e isso lan�ar� luzes sobre per�odos da nossa hist�ria que a sociedade precisava e deve conhecer. S�o momentos dif�ceis que foram contados at� hoje , ou melhor dizendo, foram contados durante os acontecimentos sobre um regime de censura, arb�trio e repress�o", afirmou.
