Passados quase 13 anos do assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) - fuzilada com o marido e dois parentes em casa -, a Justi�a enfim vai levar os assassinos ao banco dos r�us. O j�ri popular foi marcado este m�s para o dia 16 de janeiro de 2012.
O julgamento fechar� assim um dos dez casos de impunidade, selecionados pelo Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), que mais afetam hoje a credibilidade do Poder Judici�rio e mancham a imagem do Pa�s no exterior.
O ex-deputado Talvane Albuquerque, acusado de ser o mandante do crime, e os quatro suspeitos apontados como autores n�o t�m mais chance de adiar o julgamento. O juiz Andr� Granja, da 1.ª Vara Federal de Alagoas, decidiu que novos recursos, sempre poss�veis no sistema penal brasileiro, n�o ter�o efeito suspensivo e s� ser�o apreciados depois do julgamento.
Em mais de 12 anos de tramita��o, o processo sofreu v�rias reviravoltas, envolvendo conflitos de compet�ncia entre a Justi�a Federal e a Estadual, al�m de sucessivos recursos movidos pelos r�us, o que atravancou a a��o. Mesmo ap�s a confiss�o de participantes do assassinato e a conclus�o da investiga��o, o caso ainda n�o teve um desfecho e os r�us est�o at� hoje em liberdade.
Ceci foi morta na noite de 16 de dezembro de 1998. Ap�s a solenidade de diploma��o, em Macei�, ela foi visitar a irm�, que acabara de ganhar beb�, no bairro Gruta de Lourdes. A varanda da casa, onde todos conversavam, foi invadida por tr�s assessores de Talvane armados de rev�lveres e pistolas. Al�m de Ceci, foram fuzilados seu marido, Juvenal Cunha, o cunhado Iran Maranh�o e a m�e deste, �tala Maranh�o. Escaparam com vida apenas a irm� da deputada e o beb�.