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Estado de Minas

Vereadores s�o afastados da C�mara de BH, mas sal�rios s�o mantidos

C�mara afasta os vereadores Hugo Thom� e Carl�cio, acusados de receber dinheiro para aprovar constru��o de shopping. Os dois, por�m, continuam com o contracheque de mais de R$ 9,2 mil


postado em 02/12/2011 06:00 / atualizado em 02/12/2011 07:19


Dois vereadores acusados de receber dinheiro para aprovar o projeto da constru��o do Boulevard Shopping foram afastados nessa quinta-feira de suas fun��es. Hugo Thom� (PMN) e Carl�cio (PR) ter�o que ficar pelo menos 60 dias sem exercer a atividade parlamentar, por�m continuar�o recebendo os sal�rios e ter�o � disposi��o toda a estrutura dos gabinetes. A decis�o da Justi�a chegou nessa quinta-feira �s m�os do presidente da C�mara Municipal, L�o Burgu�s (PSDB), minutos depois de ele ler a carta de ren�ncia de G�ra Ornelas (sem partido) por outras raz�es. O clima de desalento podia ser percebido nos corredores da Casa, em conversas entre os funcion�rios, e tamb�m com outros parlamentares, que lamentavam a situa��o do Legislativo municipal.

Thom� e Carl�cio s�o acusados de improbidade administrativa, por intermediar negocia��es de cobran�a de propina para aprovar o Projeto de Lei 1.600/2008, que autorizava a amplia��o da �rea de constru��o do Boulevard Shopping, na Regi�o Leste, conforme revelou com exclusividade o Estado de Minas em 2009. Al�m do afastamento dos dois, por tempo indeterminado, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Municipal, Alyrio Ramos, j� havia decretado a quebra do sigilo fiscal de outros oito acusados. Sendo tr�s no exerc�cio do mandado: Geraldo F�lix (PMDB),Maria L�cia Scarpelli (PCdoB) e Alberto Rodrigues (PV). Al�m de cinco ex-vereadores: Reinaldo Lima (PV), Valdivino Pereira de Aquino (PTC), Vin�cius Dantas (PT), �ndio (PTN) e S�rgio Silva Balbino (PRP), que, como suplente, est� impedido de assumir mandato em caso de vac�ncia.

Balbino foi quem delatou o esquema de compra de votos. Ele sustenta ter participado das negocia��es, mas depois se arrependeu e entregou todos os envolvidos. O empres�rio Nelson Rigotto, empreendedor do shopping e acusado de entregar o dinheiro, tamb�m assumiu a corrup��o para o Minist�rio P�blico. Por�m, Rigotto afirma que foi extorquido. “Existia um projeto que era l�cito, legal, encaminhado pelo Executivo e que deveria tramitar normalmente, mas ele foi procurado pelos vereadores, que disseram que, se n�o pagasse, o projeto n�o passaria”, afirmou o advogado de Rigotto, Marcelo Leonardo.

‘Apoio’

O pedido inicial dos vereadores era de R$ 2 milh�es para a aprova��o do projeto. Durante as negocia��es o valor foi reduzido e o acerto ficou em R$ 320 mil, sendo que somente metade (R$ 160 mil) foi repassada aos parlamentares. Acusado, Hugo Thom� acredita que pode ter “lucro” com o afastamento. “Tenho recebido muito apoio de meus eleitores”, afirma. Ele garante n�o ter recebido dinheiro e que provar� que � inocente. Carl�cio tamb�m firma posi��o e acredita que ser� capaz de provar a inoc�ncia. Informa que seus advogados v�o providenciar uma a��o para pedir a suspens�o da decis�o. Ambos acusam o ex-vereador Balbino de problemas mentais. Quando questionados sobre qual seria a motiva��o do empres�rio os dois alegam “motivos pol�ticos” e outros interesses, mas n�o detalharam quais.

O presidente da C�mara, L�o Burgu�s, informa que os dois permanecer�o afastados por 60 dias, o prazo m�ximo permitido at� a convoca��o dos suplentes. Enquanto isso, aguarda uma posi��o definitiva da Justi�a ou at� mesmo que os afastados consigam derrubar a liminar. “N�o podemos deixar que isso contamine as a��es do Legislativo”, afirma Burgu�s. Ele entende que dois vereadores fazem falta, mas acredita ser poss�vel concluir as principais vota��es at� o fim do per�odo legislativo. O sal�rio do vereador � de R$ 9.288,05 e caso os suplentes assumam as vagas, os belo-horizontinos v�o pagar as despesas extras com mais dois vereadores.


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