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Estado de Minas

Vereadores envolvidos no suposto esquema de propina evitam falar com a imprensa

Depois de a not�cia da decis�o da Justi�a ter se espalhado, parlamentares acusados de envolvimento no esquema de cobran�a de propina fogem do plen�rio e evitam a imprensa


postado em 24/11/2011 06:00 / atualizado em 24/11/2011 07:41

A decis�o pelo afastamento, quebra de sigilo fiscal e indisponibilidade de bens de vereadores da C�mara de Belo Horizonte suspeitos de cobrar propina para aprovar a constru��o do Boulevard Shopping provocou um efeito fantasma ontem na Casa. Parlamentares citados na a��o judicial que registraram presen�a no painel eletr�nico na sess�o iniciada �s 14h30 n�o estavam no plen�rio meia hora depois. Casos de Hugo Thom� (PMN) e Maria L�cia Scarpelli (PCdoB).

Outro suspeito de envolvimento no esquema, Carl�cio Gon�alves (PR), ao perceber a aproxima��o do fot�grafo do Estado de Minas, dentro do plen�rio, sacou o telefone celular e saiu por uma porta lateral, fugindo dos rep�rteres. No gabinete, dois andares acima, a informa��o era de que o parlamentar n�o havia chegado.


Ao ser abordado, Geraldo Félix disse que iria lanchar.(foto: Jair Amara/EM/D.A Press)
Ao ser abordado, Geraldo F�lix disse que iria lanchar. (foto: Jair Amara/EM/D.A Press)
Geraldo F�lix (PMDB) permaneceu at� o fim da sess�o, por volta das 15h30, no plen�rio. Ao ser abordado por seguran�as, a pedido de rep�rteres, informou que iria lanchar e que voltaria. Novo caso para investiga��o dos ghostbusters. Alberto Rodrigues (PV) tamb�m ficou at� o fim da sess�o e, igualmente, saiu por passagem lateral. Antes, mandou recado para os rep�rteres afirmando que n�o falaria com a imprensa por ter uma reuni�o. Provavelmente, noutro plano astral.


Ao contr�rio dos ex-colegas de parlamento, o encarnado ex-vereador S�rgio Balbino, autor da den�ncia ao Minist�rio P�blico contra os parlamentares no esquema do Boulevard Shopping, conversou com a reportagem. O ex-parlamentar, que na decis�o de ontem teve inegibilidade decretada, trabalha como motoboy e quer disputar as elei��es do ano que vem para a C�mara. “N�o fiz nada de errado. A sociedade s� ficou sabendo de tudo porque eu denunciei”, diz. O parlamentar chegou a receber o dinheiro para aprovar o projeto, mas devolveu ao empreendedor do shopping. “N�o tive ganho nenhum”, afirma. Balbino pretende recorrer da decis�o para tentar voltar a ser vereador.


Trabalho para o MP

Com tantas diabruras, os vereadores de Belo Horizonte podem disputar o t�tulo de quem mais d� trabalho para o Minist�rio P�blico. Em 2010, o vereador Wellington Magalh�es, � �poca no PMN, hoje presidente estadual do PTN, foi cassado sob a acusa��o de compra de votos nas elei��es de 2008. O ex-parlamentar distribuiu sopa � popula��o carente da regi�o em que � votado, al�m de produzir um jornal com dados sobre obras que teria conseguido junto � prefeitura.


Rival de Magalh�es por atuar na mesma base eleitoral, o espectro Geraldo F�lix, ent�o muito vivo, realizou no Dia das M�es deste ano um encontro para “presta��o de contas do mandato”. Teve forr� e distribui��o de eletrodom�sticos. No meio da festan�a, anunciou que tr�s de suas proposi��es haviam se transformado em lei. O Minist�rio P�blico prometeu investigar a possibilidade de a festa ter sido uma tentativa escamoteada de compra de votos.


O vereador G�ra Ornelas (PSB) � o parlamentar da C�mara de Belo Horizonte que pode se considerar em situa��o mais delicada. Depois de gravar v�deos em que aparece de cuecas em seu gabinete e, em outras cenas, passando a m�os nos cabelos de uma mulher, teve o material enviado por ex-aliados ao Minist�rio P�blico, que o investiga por suposto envolvimento com corrup��o de menores.


De boca mais fechada depois de uma opera��o para redu��o do est�mago, o vereador Gunda (PSL) tamb�m poderia estar sob investiga��o do Minist�rio P�blico. No m�s passado, o parlamentar organizou um churrasco em um s�tio de Contagem para comemora��o do anivers�rio de uma organiza��o n�o governamental � qual � ligado. A camiseta, que servia como convite para a festa, foi vendida a R$ 80, o que dava direito a abra�os, apertos de m�os e fotos com o parlamentar. Cerca de 500 pessoas participaram do churrasco. Nesse caso, para o Minist�rio P�blico, n�o houve qualquer tentativa atropelo da legisla��o eleitoral.


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