Investiga��o da CGU aponta que n�o houve irregularidades em di�rias pagas a Lupi

A Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) concluiu que o valor de R$ 1.136,90 pagos ao ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PTB), em restitui��o a di�rias de uma viagem feita ao Maranh�o, em dezembro de 2009, n�o apresentam irregularidades. O valor da restitui��o foi questionado ap�s den�ncias de que Lupi teria usado o jatinho particular do dono de uma ONG que possui contratos com o minist�rio para cumprir a agenda de viagem. Em novembro, ainda no cargo de ministro, Lupi decidiu devolver os recursos recebidos, mas afirmou que queria o dinheiro de volta se a CGU entendesse que o pagamento foi regular. A ordem de pagamento foi emitida nessa quinta-feira pelo gabinete do ministro do Trabalho, conforme divulgou a ONG Contas Abertas.

De acordo com o relat�rio da CGU, a agenda oficial do ministro est� devidamente registrada na motiva��o da viagem conforme documentos constantes do processo. A Controladoria baseou sua investiga��o na documenta��o apresentada e em informa��es veiculadas na imprensa que d�o conta da presen�a de Carlos Lupi “participou de todos os atos programados na agenda”. O relat�rio tamb�m afirma que o deslocamento foi comprovado atrav�s do cart�es de embarque emitidos em nome de Lupi. No entanto, o documento ressalta que o trecho da viagem entre Teresina e Curitiba, realizada no dia 13 de setembro de 2009, n�o consta comprovante de embarque. A justificativa para n�o utiliza��o da passagem seria a disponibiliza��o de aeronave oficial da For�a A�rea Brasileira, fato confirmado em documento assinado pela assessora do ministro.

Um dos motivos que gerou pol�mica em rela��o a viagem foram as declara��es dadas por Lupi. Ele afirmou que a excurs�o ao nordeste inclu�a obriga��es partid�rias. Essa fato despertou questionamentos sobre a legitimidade das di�rias pagas integralmente. O documento da CGU se limitou a analisar apenas as di�rias das passagens dadas ao ex-ministro.

No �ltimo domingo, Lupi decidiu deixar o cargo. Em nota oficial, ele alegou que estava sofrendo persegui��o pol�tica e pessoal da m�dia e que n�o teve direito de defesa. "Fa�o isto para que o �dio das for�as mais reacion�rias e conservadoras deste pa�s contra o Trabalhismo n�o contagie outros setores do Governo", afirmou.

Carlos Lupi � suspeito de se beneficiar de um suposto esquema de propina envolvendo organiza��es n�o governamentais (ONGs) conveniadas com o Minist�rio do Trabalho. Na semana passada, a situa��o ficou ainda mais complicada depois que a imprensa divulgou que Lupi ocupou, simultaneamente, dois cargos p�blicos de assessor parlamentar.