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Estado de Minas

Arrocho para manter super�vit divide o Planalto


postado em 17/01/2012 07:31 / atualizado em 17/01/2012 07:34

Bras�lia – �s v�speras de bater o martelo em torno da pol�tica econ�mica no segundo ano de mandato, o governo aposta as fichas no aumento da arrecada��o de impostos para poupar o equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) – e, dessa forma, cumprir a meta de super�vit nas contas p�blicas –, sem sacrificar os investimentos. Esse virou o principal n� a ser desatado pela presidente Dilma Rousseff, que deve definir em at� 15 dias o tamanho do corte no Or�amento de 2012. No Pal�cio do Planalto, h� uma clara no��o de que o desempenho fraco de 2011, per�odo no qual os investimentos ca�ram 8,7% em termos reais, n�o pode ser repetido. Em contrapartida, h� a preocupa��o de manter o compromisso fiscal, fazendo um arrocho efetivo nos gastos. O controle das despesas ser� necess�rio para permitir a continuidade da queda dos juros b�sicos e facilitar o crescimento da economia.

O inc�modo � tanto que Dilma convocou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para uma audi�ncia, ontem, antes mesmo de a chefe da pasta retornar ao seu gabinete, ap�s as f�rias. A inten��o da presidente era, ao lado da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ponderar as avalia��es vindas do Minist�rio da Fazenda, no qual se estabeleceu uma disputa velada entre o ministro Guido Mantega e o secret�rio executivo, Nelson Barbosa. Mantega defende o bloqueio entre R$ 60 bilh�es e R$ 70 bilh�es do Or�amento para cumprir o super�vit. O secret�rio, por�m, fala em amplia��o dos investimentos, mesmo em detrimento da meta completa – embora publicamente concorde com a economia cheia de 3,1% do PIB.

Dilma promover� reuni�o setoriais com os ministros na quinta e sexta-feira, como uma prepara��o para a primeira reuni�o ministerial do ano, marcada para a pr�xima segunda-feira. Dilma quer ouvir uma primeira avalia��o dos ministros sobre as respectivas pastas e deve tamb�m iniciar a discuss�o sobre os cortes no Or�amento.

Interessada em desestimular a divis�o, Dilma tenta conciliar a retomada dos investimentos com a meta fiscal. “Uma a��o n�o anula necessariamente a outra. O governo sabe que as obras de infraestrutura sofreram no ano passado, mas a culpa n�o foi toda do contingenciamento. Se as receitas surpreenderem novamente, d� para fechar a conta mantendo os investimentos, o super�vit fiscal e o corte or�ament�rio”, estimou um assessor com tr�nsito no Pal�cio do Planalto.

D�vida

Para os economistas, n�o ser� f�cil resolver a equa��o. “� preciso conceder o benef�cio da d�vida, mas cortar R$ 60 bilh�es ou mais do or�amento, cumprir o super�vit todo e acelerar o investimento � pouco cr�vel”, ponderou Felipe Salto, da consultoria Tend�ncias. Em sua avalia��o, algumas receitas extraordin�rias, como o pagamento de dividendos das empresas nas quais o governo tem participa��o ou a incorpora��o de dep�sitos judiciais poderiam compensar os gastos com investimentos e a fatura do aumento do sal�rio m�nimo.


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