Reforma ministerial de Dilma pode se resumir a cinco mudan�as

A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff far� a partir da semana que vem com a transfer�ncia de Aloizio Mercadante (Ci�ncia e Tecnologia) para a Educa��o vai se resumir a cinco mudan�as pontuais. A configura��o pol�tica da Esplanada dos Minist�rios e a chave do cofre ser�o mantidos tais como est�o para evitar desconfian�as no mercado e desequil�brio na alian�a de sustenta��o ao governo.

Guido Mantega, da Fazenda, fica onde est�. Al�m da sa�da de Fernando Haddad da Educa��o, para disputar a Prefeitura de S�o Paulo, a presidente vai trocar o comando das Cidades, sem tir�-lo do PP, devolver o Trabalho ao PDT e substituir Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres), que deixa a Pasta para concorrer � Prefeitura de Vit�ria. "Farei apenas um ajuste na equipe. Reforma s� existe na cabe�a da imprensa", afirmou a presidente hoje (17) a interlocutores.

A primeira nomea��o ser� a de Mercadante, j� anunciada pelo pr�prio petista. Para o lugar dele, na Ci�ncia e Tecnologia, a presidente quer um t�cnico. O favorito � o atual presidente da Ag�ncia Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, sem filia��o partid�ria. Ele j� presidiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia (SBPC). Dilma acha que o Minist�rio est� indo bem e que Raupp � o t�cnico que pode dar continuidade ao trabalho de Mercadante.

No Minist�rio das Cidades a presidente vai fazer uma troca mais por imposi��o do PP, do que por vontade pr�pria. A rejei��o ao ministro Negromonte dentro do partido � t�o grande, que a presidente j� foi avisada de que a bancada do PP na C�mara aceita at� a volta do ex-ministro M�rcio Fortes, nome da prefer�ncia de Dilma.

Os deputados gostariam mesmo � de ver o colega M�rcio Reinaldo (MG) no lugar do deputado Negromonte, que voltar� � C�mara. Mas eles sabem que esse � um pleito mais dif�cil de ser atendido. Por isso, conformam-se com a escolha pessoal da presidente.

Depois da sa�da ruidosa do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do Trabalho, o ajuste na equipe � a oportunidade de reincorporar um indicado do partido no Minist�rio, desde dezembro sob o comando do interino Paulo Roberto Pinto. Dilma decidiu que o novo ministro ser� um pedetista. Os nomes mais cotados s�o os dos deputados Vieira da Cunha (RS) e Brizola Neto (RJ).

A presen�a do nome do vice-presidente Michel Temer na agenda oficial de Dilma hoje pela manh� deu ao PMDB a certeza de que a conversa seria simb�lica. Uma defer�ncia ao presidente licenciado do partido, para dizer que o PMDB sair� da minirreforma do mesmo tamanho que entrou. No bastidor da c�pula peemedebista, a frase que resumiu o sentimento de todos � de autoria do Bar�o de Itarar�: "De onde menos se espera � que n�o sai nada mesmo".