(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Auditores do Trabalho fazem manifesta��o em BH pelos oito anos da chacina de Una�

Assassinato de servidores do Trabalho no interior de Minas completa oito anos de impunidade. No entanto, nove r�us podem ser julgados ainda este ano


postado em 27/01/2012 09:56 / atualizado em 27/01/2012 13:38

Representantes de sindicatos de autidores fiscais em ato na capital. Ao microfone, a presidenta do Sinait, Rosângela Rassy (foto: Cristina Horta/EM/DA Press)
Representantes de sindicatos de autidores fiscais em ato na capital. Ao microfone, a presidenta do Sinait, Ros�ngela Rassy (foto: Cristina Horta/EM/DA Press)

Cerca de 80 auditores fiscais ocupam a Avenida �lvares Cabral, em frente ao pr�dio da Justi�a Federal, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, para lembrar a Chacina de Una� - que completa oito anos hoje - e pedir do julgamento imediato dos nove r�us indiciados. At� o fim esta manh�,os manifestantes soltar�o bal�es gigantes no largo em frente ao pr�dio, exibir�o faixas e distribuir�o panfletos para os pedestres. O ato p�blico � promovido pelo Sindicato Nacional de Auditores Fiscais (Sinait), Associa��o dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais (AAFIT/MG), Comiss�o Nacional de Erradica��o do Trabalho Escravo (Conatrae).

Para a presidente do Sinait, Ros�negla Rassy, a perspectiva � de de que a Justi�a entre no caso ainda este ano. "Em maio do ano passado, o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) decidiu pelo desmembramento de um processo e, em novembro de 2011, mais quatro foram desmembrados. Esse oitavo ano da chacina nos traz todas as boas expectativas", afirma Ros�ngela. "Conversamos com a ju�za feredal substituta da 9ª Vara e ela nos garantiu que est� apenas aguardando a chegada dos processos a Minas para analisar o caso", acrescenta.


Relembre o caso

Em 28 de janeiro de 2004, tr�s auditores fiscais e um motorista do Minist�rio do Trabalho e Emprego de Minas Gerais foram assassinados durante fiscaliza��o na zona rural da cidade. Atualmente, dos nove acusados pelo crime, quatro est�o em liberdade, entre eles, o prefeito de Una�, Ant�rio M�nica (PSDB). Os outros cinco, envolvidos na execu��o, permanecem presos. "Nesse epis�dio, n�o s� os auditores fiscais foram atacados como tamb�m o Estado brasileiro, ent�o a Justi�a precisa dar uma resposta. � a impunidade que infla os grandes empregadores a incomodar o trabalho da fiscaliza��o. Eles contam com o apoio de muitos gestores municipais", comenta a presidente do Sinait.

Os acusados Erinaldo de Vasconcelos Silva, Francisco Elder Pinheiro, Jos� Alberto de Castro, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda tiveram os processo desmembrados e j� podem ser julgados, por�m ainda n�o sentaram no banco dos r�us. Desses, apenas Jos� Alberto encontra-se em liberdade.

Os outros est�o presos na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O r�u Humberto Ribeiro dos Santos tamb�m est� preso, na capital, por�m o processo dele ainda n�o foi desmembrado.

Quem s�o os acusados

Ant�rio M�nica - prefeito de Una�, tem propriedades rurais no Paran� e Una� e era alvo freq�ente de fiscaliza��es, a maioria delas realizadas pelo auditor Nelson Jos� da Silva, lotado na subdelegacia de Paracatu. Em novembro de 2003, amea�ou o auditor de morte durante uma das inspe��es, conforme ele mesmo confessou em depoimento � Pol�cia Federal. Est� em liberdade, tem direito a julgamento em foro especial, porque foi eleito prefeito de Una� em 2004 e reeleito em 2008.

Norberto M�nica – fazendeiro, irm�o de Ant�rio M�nica, tamb�m era alvo fiscaliza��es freq�entes em suas fazendas. � considerado mandante, junto com o irm�o. Eest� em liberdade desde 28 de novembro/2006, por for�a de habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ).

Hugo Alves Pimenta - empres�rio cerealista, � acusado de ser o mandante das execu��es dos auditores e do motorista. Est� em liberdade por for�a de habeas corpus.

Jos� Alberto Costa - conhecido como Zezinho, � empres�rio, dono de uma empresa de Cereais, com sede em Contagem, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. � suspeito de ter intermediado a contrata��o dos pistoleiros, a pedido do amigo Hugo Pimenta. Est� em liberdade desde dezembro 2004, beneficiado por habeas corpus.

Francisco Elder Pinheiro - conhecido como Chico Pinheiro, � apontado como o homem que se encarregou de montar toda a estrutura para a chacina e tamb�m acompanhou a execu��o do plano pessoalmente.

Erinaldo de Vasconcelos Silva - suspeito de ter executado, com sua pistola 380, tr�s das quatro v�timas. Integrante de uma quadrilha de roubo de carga e de ve�culos que atua na regi�o de Goi�s e Noroeste de Minas, agia ao lado de Rog�rio Alan Rocha Rios, chamado por ele para matar os auditores. Est� preso.

Rog�rio Alan Rocha Rios - suspeito de ter participado diretamente das execu��es. Armado de um rev�lver calibre 38, deu v�rios tiros no auditor fiscal Nelson Jos� da Silva, o verdadeiro alvo dos mandantes do crime, conforme sua confiss�o. Est� preso.

William Gomes de Miranda - Foi contratado para atuar como motorista dos pistoleiros durante a chacina, no entanto, n�o participou diretamente do crime, porque o carro alugado que conduzia, um Gol vermelho, furou um pneu. Est� preso.
Humberto Ribeiro dos Santos – o “Beto” � apontado como o homem que teria se encarregado de apagar uma das provas do crime. Est� preso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)