O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, promete se empenhar para eleger qualquer um dos pr�-candidatos que vencer as pr�vias de mar�o no PSDB. Por estar no principal cargo executivo ocupado pelo partido no estado, ele sabe que recair� sobre si a responsabilidade caso o nome dos tucano n�o esteja no segundo turno das elei��es em outubro. “S�o Paulo est� investindo R$ 20 bilh�es. O governo estadual est� com caixa e projetos para apresentar e a capital do estado est� preparada para ser novamente governada pelo PSDB”, disse um dos quatro pr�-candidatos, o secret�rio estadual de Energia, Jos� An�bal.
Alckmin tem demonstrado desconforto com os movimentos protagonizados pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab, do PSD. Ele espalha que nenhum dos tucanos que disputar�o as pr�vias tem densidade eleitoral e prop�e ao PSDB a vaga de vice na chapa do atual vice-governador, Guilherme Afif Domingos.
Como o PSDB est� pouco disposto a isso, o prefeito paulistano ensaiou um movimento ousado: foi ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva oferecer um nome da legenda para ser vice do ex-ministro da Educa��o Fernando Haddad. A proposta repercutiu muito mal no Pal�cio do Bandeirantes. “Se ele (o PSD) pode ser vice do PT, por que n�o pode ser nosso vice? O PT n�o abrir� m�o da cabe�a de chapa na prefeitura, por que n�s ter�amos de fazer isso?”, questionou o governador em reuni�o com sua equipe pol�tica.
Em 2008, a queda de bra�o entre Serra e Alckmin j� produziu esse quadro. Na �poca, o governador de S�o Paulo era Serra, e Alckmin, candidato a prefeito. O PSDB rachou, parte ficou com o atual governador e a outra apoiou a candidatura de Gilberto Kassab, ent�o no DEM. Kassab, e n�o Alckmin, foi ao segundo turno e derrotou a petista Marta Suplicy.
Outro pr�-candidato do PSDB, o deputado Ricardo Tr�poli, n�o acredita que esse cen�rio se repetir�. Ele lembra que em 2008 Kassab estava no DEM e era vice de Serra. A situa��o de Chalita � completamente diferente. “O PMDB em S�o Paulo n�o existe. Eles s� t�m um vereador. Quem tinha voto no partido era o Orestes Qu�rcia (morto em dezembro de 2010)”, afirmou o deputado federal. O deputado federal Walter Feldmann reconhece, no entanto, que esse risco existe. Mas, na opini�o dele, essa polariza��o nacional entre PSDB e PT est� fazendo mal para os dois partidos.
PT distante do PSD
S�o Paulo – O pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, definiu ontem com dirigentes de sua legenda as diretrizes para as alian�as que ser�o fechadas em torno de sua candidatura. Segundo ele, um acordo com o PSD (partido do atual prefeito Gilberto Kassab) n�o � prioridade neste momento. “Na nossa opini�o, n�o houve uma aproxima��o formal do PSD, os dirigentes do PT n�o foram procurados e o PSD deixou claro que tem outras prioridades. A nossa prioridade � a busca de coliga��o com os partidos da base aliada do governo Dilma”, afirmou Haddad.
De acordo com ele, os 19 integrantes do conselho pol�tico de sua pr�-campanha foram un�nimes na decis�o de focar as negocia��es com as seguintes legendas: PR, PDT, PCdoB e PMDB. Haddad disse que o objetivo � discutir com os aliados tradicionais o projeto pol�tico da coliga��o, sem que isso passe por cima dos interesses do PT em S�o Paulo. “N�o queremos que qualquer alian�a rebaixe nossas pretens�es de atua��o na cidade”, refor�ou. E voltou a dizer que a proposta feita por Kassab ainda � incipiente e que o PSD passa por um processo de “aproxima��o nacional que n�o teve reflexos por aqui.”
Ainda sobre o partido de Kassab, Haddad negou que haja um racha no PT com rela��o a um eventual acordo. “N�o vamos omitir da opini�o p�blica que este debate existe. O debate existe, posi��es divergentes existem, mas o que foi decidido unanimemente � que o debate n�o pode ser interditado”, ponderou. Ao falar de sua plataforma de campanha, ressaltou: “O sentimento do PT � de mudan�a e, na minha opini�o, est� sintonizado com o sentimento da popula��o. Vamos ser coerentes com as nossas atitudes at� aqui.”
O petista disse tamb�m que, apesar da sugest�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de discutir a proposta de alian�a com Kassab, o conselho pol�tico de sua campanha acha que � preciso aprofundar o di�logo com os partidos da base, independentemente se eles j� t�m o candidato, uma vez que as alian�as podem ocorrer tamb�m no segundo turno. Haddad disse que os aliados est�o pedindo um tempo para deliberar sobre poss�vel acordo e ver a evolu��o das candidaturas. As conversas est�o mais avan�adas com o PR.