Uma opera��o pol�tica em curso nos bastidores da sucess�o da Prefeitura de S�o Paulo pode provocar uma reviravolta no jogo eleitoral e arrefecer a resist�ncia do PT a uma composi��o com o prefeito Gilberto Kassab, criador e presidente do PSD. A ideia, j� debatida entre tr�s grandes articuladores pol�ticos - o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e Kassab - � atrelar o PSB paulistano � candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, com a indica��o de um vice do partido que tenha a concord�ncia e aval de Kassab.
A sa�da pol�tica geraria dividendos pol�ticos a todos os lados. Kassab conseguiria fechar a alian�a com o PT sem exposi��o direta do PSD e sem ouvir os gritos da milit�ncia petista. Mas, em troca, teria de assegurar uma vaga na chapa petista por um cargo majorit�rio em 2014 - ou vice-governador de S�o Paulo ou senador -, isso sem contar a possibilidade de uma vaga futura no minist�rio da presidente Dilma Rousseff para ele pr�prio ou um expoente do PSD.
Para Eduardo Campos, a sa�da pol�tica na capital abriria portas ao projeto nacional do governador, que quer se aproximar cada vez mais do PT e se cacifar como uma possibilidade para vice de Dilma Rousseff em 2014 ou para tentar um voo solo em 2018. Segundo petistas envolvidos nas discuss�es, “vale lembrar que o PMDB de Michel Temer vai lan�ar candidatura pr�pria na capital paulista com Gabriel Chalita (ex-tucano) e, num eventual segundo turno, o partido pode cair no colo de Geraldo Alckmin”.
Sob o ponto de vista do PT, uma alian�a com o PSB seria extremamente lucrativa, sobretudo porque mina alian�as do partido com os tucanos no Estado de S�o Paulo. Al�m disso, os petistas amarrariam o apoio de Kassab a Hadda sem provocar traumas na milit�ncia, que resiste fortemente � uni�o com o PSD.
Se fechar uma alian�a com o PT, Kassab teria dificuldades para indicar um nome da legenda para vice de Haddad. O vice-governador de S�o Paulo, Guilherme Afif Domingos, s� aceita uma composi��o com o PSDB. O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mais palat�vel ao PT, recusa-se terminantemente a aceitar a miss�o.
O nome cogitado por Kassab at� o momento � o de Alexandre Schneider, secret�rio municipal de Educa��o. A milit�ncia do PT, por�m, n�o aceita a indica��o.