Haddad mant�m estrat�gia ap�s an�ncio da candidatura de Serra em SP

O nome do PT � prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, manteve nessa segunda sua rotina de pr�-campanha para tentar mostrar que n�o estava preocupado com a decis�o de Jos� Serra de entrar na disputa pelo PSDB. No meio da tarde, Haddad se reuniu com militantes na Freguesia do �, localizada na periferia, em um debate com representantes de movimentos sociais que atuam nas �reas de moradia e sa�de. A estrat�gia de visitar os bairros mais carentes da capital paulista deve se repetir nas pr�ximas sextas e segundas. Nos demais dias, ele vai se reunir com integrantes do comando de campanha para definir o programa de governo.

Ontem, Haddad comentou o fim das possibilidades de uma alian�a com o PSD de Gilberto Kassab. “Fico mais tranquilo de que vou poder representar melhor as ideias em que acredito. Est� mais adequado o candidato ao discurso”, completou. Al�m da c�pula do PT, Haddad tem mantido conversas regulares com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, idealizador de sua campanha. E busca parcerias com o PMDB de Gabriel Chalita, o PCdoB de Netinho e outros candidatos de partidos da base aliada, como o PR e o PSB.

Di�logo

Alguns integrantes do comando de campanha, no entanto, s�o reticentes quanto � estrat�gia de investir agora na desist�ncia de Chalita. “Os eleitores deles dialogam melhor com as classes mais conservadoras do que conosco”, disse um dirigente petista. Coordenador do programa de governo de Haddad, o deputado federal Carlos Zarattini tem uma linha clara de racioc�nio. “Se n�o fecharmos as alian�as, devemos fazer um amplo acordo com os partidos de oposi��o � gest�o Serra-Kassab”, disse ele.

Enquanto os petistas seguiam a rotina da pr�-campanha, os tucanos decidiam se as pr�vias internas ser�o ou n�o mantidas no pr�ximo domingo. O presidente do diret�rio municipal do PSDB, Julio Semeghini, reuniu-se, em separado, com os dois pr�-candidatos que ainda n�o abandonaram a disputa: o secret�rio de Energia de S�o Paulo, Jos� An�bal, e o deputado federal Ricardo Tr�poli. “O partido todo est� mobilizado, n�o h� como reverter isso. N�o h� por que adiar as pr�vias”, garantiu ao Correio o secret�rio Jos� An�bal.

Ele e Tr�poli participaram de um debate com militantes da Zona Oeste na noite de ontem, sem a presen�a de Serra. Tr�poli espera contar com o apoio de tucanos hist�ricos paulistanos, j� que boa parte de sua carreira pol�tica foi vivida ao lado do ex-governador M�rio Covas. Para ele, as pr�vias v�o ser realizadas independentemente da entrada de Serra. “Quando voc� entra em uma disputa dessas, voc� n�o est� preocupado com os seus advers�rios, voc� est� concentrado em conseguir votos”, afirmou Tr�poli.

Dilma sai em defesa de aliados

A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e o governador do Cear�, Cid Gomes (PSB), vaiados durante o an�ncio de investimentos para o metr� da cidade. Os dois foram hostilizados por manifestantes que pediam por moradia. “Por isso, gente, sem equipe e sem parceria, a coisa n�o anda direito. Mas, quando a gente tem ao lado da gente pessoas da qualidade do governador Cid Gomes e dos prefeitos aqui, eu posso dizer para voc�s que o Brasil hoje tem, de fato, uma nova dire��o”, declarou Dilma, que Dilma esteve na capital cearense para anunciar investimento de R$ 1,6 bilh�o na expans�o do metr� da cidade. A obra custar�, ao todo, R$ 3 bilh�es.