
Decididos a ocupar mais espa�o pol�tico – e torcendo para que o PT saia da alian�a e lance candidatura pr�pria –, o PSDB pleiteia a posi��o de vice-prefeito ou coliga��o proporcional com o PSB, de Lacerda. As duas reivindica��es est�o tamb�m na pauta do PT, que, se caminhar com Lacerda, d� como “acordado” que indicar� o vice na chapa majorit�ria, como fez em 2008. Entre tucanos, a inten��o de tensionar a rela��o � explicitada, n�o apenas porque desejam ser tratados com a mesma defer�ncia que petistas num eventual futuro governo Lacerda, mas tamb�m porque com o lan�amento da candidatura Jos� Serra (PSDB) em S�o Paulo a polariza��o entre as duas legendas torna-se mais agressiva.
A�cio Neves negou ontem, entretanto, que haja desconforto da dire��o nacional com o caso de Belo Horizonte, onde petistas e tucanos se acotovelam no mesmo palanque. “N�o h� nenhum desconforto, ao contr�rio. Na verdade a candidatura de Lacerda nasceu de uma constru��o nossa com o apoio do ent�o prefeito Fernando Pimentel (PT). Para n�s, ela sempre foi natural e a boa avalia��o de Lacerda mostra que est�vamos certos. Vamos continuar contribuindo para a sua administra��o”, disse A�cio. “O PSDB de Minas � um dos mais fortalecidos do pa�s e � um bom exemplo da boa conviv�ncia, da boa coaliz�o com for�as pol�ticas diversas”, acrescentou.
A�cio n�o baixou o tom, contudo, ao se referir ao ex-ministro Patrus Ananias (PT), que recentemente afirmou que n�o pretende dividir o palanque com ele. “Na verdade os nossos palanques s�o diferentes. O palanque do ex-ministro tem sido o do ex-governador Newton Cardoso (PMDB), o palanque do candidato H�lio Costa (PMDB) nas �ltimas elei��es”, provocou, referindo-se a duas candidaturas peemedebistas derrotadas por tucanos.
Segundo A�cio, Patrus � “bem-vindo” na alian�a, assim como todos aqueles que “quiserem mudar de opini�o” por terem se “equivocado no passado”. Para o senador, o ex-ministro petista teria cometido uma sucess�o de equ�vocos e teria tido um resultado eleitoral que chamou de “p�fio” na elei��o de 2010, quando comp�s a chapa que concorreu ao governo de Minas como vice de H�lio Costa. “A chapa de que ele participou teve 22% dos votos em BH”, alfinetou.
Sem provoca��es Procurado pela reportagem, Patrus Ananias disse ontem que n�o entraria em pol�mica. “Ainda quando lut�vamos contra a ditadura, recebi dois grandes conselhos de Alceu Amoroso Lima (tamb�m conhecido como Trist�o de Ata�de), esse amigo, cr�tico liter�rio, escritor, pensador e l�der cat�lico. Ele dizia que a pol�mica � uma forma menor de di�logo, pois n�o se busca a verdade, nem a converg�ncia. Eu evito sempre a pol�mica. Outro conselho: nunca responder a provoca��es pessoais”, afirmou Patrus.
O ex-ministro rebateu, entretanto, a afirma��o de A�cio de que o PT avan�a para ser um partido de decis�es de c�pula. “O processo em BH desmente isso. Estamos vivendo um processo intenso no PT, recentemente participei de espl�ndida reuni�o, madura, democr�tica, respeitosa com a minha tend�ncia, a Articula��o. H� dentro do PT aqueles que defendem de forma incondicional a alian�a com o PSB, de Lacerda, tem o vice-prefeito democraticamente defendendo a candidatura pr�pria, e h� n�s e outros parceiros que estamos defendendo um apoio repactuado em torno de um projeto que incorpore a quest�o social e dos pobres”, disse. Ele garantiu n�o haver imposi��o ou centralismo e que a decis�o que for tomada pelos filiados no dia 25 ser� respeitada pela dire��o nacional.
Base discute o interior
O PSDB se reuniu ontem com os nove partidos da base aliada em Minas Gerais para discutir uma estrat�gia eleitoral comum nas 50 maiores cidades. Segundo o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), as 13 cidades governadas pelo PT foram eleitas como priorit�rias para fazer o enfrentamento pol�tico, al�m de Uberl�ndia, Ipatinga e Ribeir�o das Neves, onde o PT lan�ar� candidatura pr�pria. J� o posicionamento eleitoral nos 11 munic�pios (entre os 50 maiores) governados pelo PMDB ser� definido caso a caso, j� que os peemedebistas se dividem entre apoio ao governo e oposi��o.