
A entrevista concedida pela presidente neste fim de semana a uma revista semanal tamb�m serviu de muni��o para o senador oposicionista. De acordo com ele, na publica��o ela "navega impass�vel e equidistante em meio �s trovoadas e � verdadeira tempestade que se forma � sua volta e, aos poucos, engolfa seu governo". A�cio citou a campanha, feita com grande participa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), em que foi vendida a imagem de uma "gestora impec�vel". O resultado, segundo o tucano, � que o Brasil teria deixado de liderar o processo de crescimento da Am�rica do Sul: "Nossa posi��o � irreconhec�vel. Na Am�rica do Sul, acreditem, fomos o pa�s que menos cresceu".
As crises com as sucessivas den�ncias contra ministros de seu governo, para A�cio, teriam feito Dilma perder parte importante do seu mandato. A demiss�o dos envolvidos, para ele, n�o isenta o atual governo. "A m�o pesada do poder da Presid�ncia baixou sobre cada um dos suspeitos, como se n�o fosse a mesma m�o que antes os nomeara e os conduzira para o governo. A� descobrimos o inacredit�vel: havia ministros diversos de Lula e uns poucos de Dilma", disse.
O senador criticou tamb�m a postura da petista de colocar-se como ref�m do pr�prio governo e refor�ou o papel da presidente como coautora das heran�as do atual governo. "� como se ela n�o houvesse, de pr�prio punho e com a sua consci�ncia, colocado de p� o atual governo, com as suas incoer�ncias e incongru�ncias irremedi�veis", pontuou. O Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), um dos principais pontos da campanha de Dilma ao Planalto, teve, segundo A�cio, "o mais baixo desempenho de sua hist�ria" em 2011. "Apenas R$ 16 bilh�es sa�ram efetivamente do tesouro nacional - 37% (ou R$ 6,9 bilh�es) do total referiam-se a restos a pagar de anos anteriores, sobrando quase nada para obras novas", disparou.
Royalties
A�cio voltou a criticar o excessivo n�mero de medidas provis�rias editadas pelo governo Dilma. Segundo o tucano, a "falta de respeito ao Congresso" se transformou em marca registrada da atual administra��o. O senador cobrou as reformas constitucionais e a discuss�o de temas como a renegocia��o das d�vidas dos estados e dos royalties do petr�leo e min�rio.
O discurso gerou bate-boca no plen�rio. Concedendo 10 minutos para o tucano discursar, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia a sess�o, o interrompeu, pedindo para encerrar no tempo regimental. O colega tucano senador M�rio Couto (PA) saiu em defesa de A�cio, dizendo que Marta s� se atenta para o tempo quando os discursos s�o contr�rios ao governo do PT. "A senhora faz o que quer", acusou.