
L�der do PT, o senador Walter Pinheiro (BA) avisa que n�o haver� "tropa de choque para blindar o ministro". Segundo o petista, Mantega falar� sobre todos os assuntos, sem problema algum. "Que blindagem se poderia fazer?", indaga Pinheiro. E responde: "P�r a tropa do governo para falar e dizer que a oposi��o n�o pode abordar isto ou aquilo seria absurdo".
Mas isto n�o significa que o ambiente ser� hostil a Mantega. Ao contr�rio. Os l�deres aliados, que s� costumam chegar a Bras�lia no in�cio da tarde de ter�a-feira, anteciparam a viagem para ontem, garantindo desde a v�spera o quorum solid�rio dos governistas na sess�o conjunta da CAE e da CCJ.
Tamb�m tranquiliza o ministro a certeza de que o PMDB, que ajudou a derrotar a presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, rejeitando o nome de Bernardo Figueiredo para a dire��o da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), n�o lhe far� qualquer ataque hoje. "Ningu�m vai apontar armas para ele, n�o", adianta o senador Vital do Rego (PB), um dos que, na contabilidade palaciana, colaborou para a derrota da presidente. Vital � ligado ao grupo do senador Eduardo Braga (AM), nomeado ontem novo l�der do Governo, no lugar de Romero Juc� (RR).
"O PMDB n�o ser� duro com o ministro, n�o. Ele pode vir tranquilo, porque reconhecemos nele um t�cnico experiente que tem feito esfor�o para conduzir bem a economia, embora a crise mundial exija mais a cada dia", completa Vital do Rego.
Mas a boa vontade n�o livrar� Mantega do debate do pacto federativo e da cobran�a de explica��es para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e do processo de desindustrializa��o que alarma governo e oposi��o no Congresso. O l�der do PT � um dos que aponta a pol�tica industrial como fator determinante para a queda do PIB brasileiro. "O Brasil todo quer discutir isto", diz Pinheiro.
O l�der do PR, senador Blairo Maggi (MT), garante que, se da parte dos aliados n�o haver� ataques, dos independentes tamb�m n�o. "Vamos tratar o ministro Mantega com a maior cortesia", disse Maggi. Por enquanto, ele se qualifica de independente. Desde que a presidente Dilma tirou o PR do Minist�rio dos Transportes, o partido est� oficialmente fora da base governista. Aguarda um minist�rio, prometido para este m�s.