Bras�lia - As negocia��es para a aprova��o de mat�rias econ�micas importantes para o governo est�o na pauta de uma reuni�o prevista para quinta-feira dos l�deres da base aliada no Senado com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Entre os projetos est�o o que cria o Fundo de Previd�ncia Complementar para os Servidores P�blicos Federais (Funpresp) e o que impede as isen��es do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) para produtos estrangeiros em opera��es interestaduais. O encontro ainda depende de confirma��o do ministro, informou o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR).
Juc� disse que no encontro dever� ser discutida a vinda do ministro ao Senado para debater a pol�tica econ�mica em andamento e o cumprimento das metas previstas de crescimento em 2012, entre 4% e 4,5%. Outros l�deres da base, entretanto, est�o preocupados com os n�meros divulgados pelo IBGE.
J� o l�der do PT, Walter Pinheiro (BA), quer avaliar, no encontro com Guido Mantega, medidas de reorienta��o da pol�tica econ�mica para aumentar os investimentos p�blicos, especialmente em projetos que envolvam uma ampla cadeia produtiva como a constru��o civil e infraestrutura de transportes. Ele tamb�m defende medidas que desonerem as ind�strias.
"Essa mat�ria j� esta na pauta do dia. S�o necess�rias provid�ncias urgentes de aumento do volume de investimentos para o pr�ximo per�odo sen�o a previs�o de crescimento de 4% do Minist�rio da Fazenda para 2012 ficar� comprometida", disse Walter Pinheiro. Ele tamb�m concorda com Juc� sobre a repercuss�o da crise americana e europeia na economia brasileira como fator que inibiu um crescimento acima dos 2,7%.
O senador Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), disse n�o ter ficado surpreso com o desempenho da economia no ano passado. Segundo ele, desde o �ltimo trimestre de 2011 os �ndices econ�micos mostravam que o crescimento do PIB seria abaixo de 3%.
Monteiro ressaltou que as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central (BC) como a eleva��o tribut�ria para pessoa f�sica e o aumento do compuls�rio banc�rio, al�m da eleva��o da taxa b�sica de juros (Selic), foram fatores importantes para "o baixo crescimento" registrado. Outro fator que a seu ver tem que ser levado em conta � a forte entrada de importados chineses, que t�m contribu�do para o processo de desindustrializa��o do pa�s. "Isso foi o pior que poderia ter acontecido", disse.
Para reverter essa retra��o, o petebista considera positiva a sinaliza��o que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) reduzir� a taxa Selic para 10%. Armando Monteiro destacou, no entanto, que a ado��o de medidas para desonerar a carga tribut�ria das ind�strias e investimentos em infraestrutura de transportes s�o fundamentais.
A senadora Ana Am�lia Lemos (PP-RS) considera que as not�cias sobre as dificuldades econ�micas na Gr�cia e alguns pa�ses da Europa fizeram com que o consumidor optasse por usar o seu dinheiro para quitar d�vidas e evitar o consumo. Ela disse ainda que a quebra de safra em v�rios estados � outro problema a ser administrado pela �rea econ�mica. "No Rio Grande do Sul, por exemplo, s� o custo de sementes de soja, milho e arroz perdidos somam R$ 5 bilh�es em preju�zos. Se levarmos em conta toda cadeia produtiva, as perdas chegam a R$ 20 bilh�es".