Petista relativiza crise na base do governo federal

O presidente do diret�rio estadual do PT, deputado Edinho Silva, disse nesta quarta-feira que n�o se pode misturar a crise do governo Dilma Rousseff com sua base aliada e as negocia��es envolvendo as alian�as partid�rias para as elei��es municipais deste ano. "Se est� acontecendo � um erro, precisamos corrigir", afirmou o dirigente durante o semin�rio "O modo petista de governar", promovido pela bancada do PT na Assembleia Legislativa de S�o Paulo.

No momento em que o pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, enfrenta dificuldades para fechar alian�as em torno de seu nome, o deputado estadual frisou que o partido precisa ser capaz de resolver seus problemas em S�o Paulo independentemente das quest�es federais. "Se misturarmos governo com pol�tica de alian�as, estaremos cometendo um imenso erro. N�s estaremos jogando sobre o governo uma press�o que n�o � dele e trazendo para a pol�tica de alian�as a capacidade de solu��o que n�o � nossa", ressaltou.

Na opini�o do cacique petista, � natural haver mudan�as de lideran�as do governo na C�mara e no Senado e que, neste momento o Pal�cio do Planalto est� apenas "recompondo" sua base. "O governo tem de construir um governo de coaliz�o e acomodar a coaliz�o com a sua l�gica. E, como partido, temos de construir a pol�tica de alian�as com a nossa l�gica", disse.

Edinho Silva acredita que os problemas do governo em Bras�lia n�o v�o atrapalhar as negocia��es de apoio a Haddad e condenou a "ansiedade" em torno da defini��o das alian�as do PT na capital paulista. "Acho que tem uma ansiedade em rela��o a capital que n�o pode ser nossa. As coisas est�o dentro de seu tempo. Essa ansiedade s� atrapalha", analisou. De acordo com ele, as conversas com os partidos da base do governo federal acontecer�o "com tranquilidade", uma vez que os acordos poder�o acontecer at� o meio do ano. "Esse � um momento de conversa��o. Se tiver ansiedade, vai errar", insistiu.

J� o vereador Jos� Am�rico, do Conselho Pol�tico de Haddad, fez coro ao presidente do diret�rio estadual e aposta que a crise n�o chega em S�o Paulo. "O principal elemento da crise � o PMDB, que j� tem seu candidato em S�o Paulo (o deputado federal Gabriel Chalita). O PR e o PSB (com quem o PT paulistano tem mais chances de fechar alian�a) n�o est�o no epicentro desta crise", avaliou o vereador.

O deputado estadual tamb�m minimizou as pesquisas de inten��o de voto que apontam Haddad com 3%. "Quem est� plugado em elei��o somos n�s (pol�ticos) e a imprensa. A sociedade n�o est� olhando para elei��o. Fernando Haddad vai crescer, vai ter um bom desempenho eleitoral. (O crescimento nas pesquisas) vai acontecer quando o eleitor estiver preocupado com a elei��o", previu.