Crise da base aliada em Bras�lia j� afeta alian�as municipais

Bras�lia – A confus�o na base aliada do governo Dilma Rousseff em Bras�lia come�a a afetar os planos do PT em S�o Paulo e outras capitais pa�s afora. Amanh�, por exemplo, o PR, barrado no Minist�rio dos Transportes, re�ne os presidentes dos diret�rios estaduais do partido para discutir as alian�as eleitorais para este ano e mapear os advers�rios do PT para procur�-los. No caso de S�o Paulo, a ideia do encontro � ratificar a decis�o local, de intensificar os contatos com os pr�-candidatos Gabriel Chalita, do PMDB, e Jos� Serra, do PSDB, que hoje completa 70 anos. Nos bastidores, os integrantes do Partido da Rep�blica dizem que n�o h� muito mais o que conversar com o PT, afinal, quem n�o os considera como parceiros n�o deve esperar parceria.

N�o � apenas o PR que come�a a abandonar o barco de Haddad antes mesmo de o jogo come�ar. Dentro do PSB, a reuni�o entre o ex-presidente Lula e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, inicialmente marcada para esta semana, tinha tudo ontem para ser adiada. Isso porque ao mesmo tempo em que os m�dicos recomendam umas f�rias ao ex-presidente, os socialistas ainda n�o t�m uma resposta definitiva para dar a Lula. Antes, � preciso construir o caminho para que a alian�a ocorra. A ordem no momento � ter calma.

“N�o tem essa pressa toda de fechar as alian�as. � preciso ter calma. As pessoas comuns nem sabem ainda que haver� elei��o. S� n�s, pol�ticos, voc�s, jornalistas, e empresas de pesquisa interessadas em ganhar dinheiro � que discutem isso. O Lula precisa primeiro ficar bem bom para n�o correr risco de reca�das decorrentes de muitos contatos nesse per�odo de imunidade baixa. Deixem-no descansar”, diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), mandando um recado aos pol�ticos que insistentemente procuram o ex-presidente.

Hoje, os petistas consideram que o Diret�rio Municipal do PSB est� mais pr�ximo de Haddad, da mesma forma que o Diret�rio Estadual — comandado pelo secret�rio de Turismo do estado, M�rcio Fran�a — est� aliado ao governador Geraldo Alckmin. Mas est�o enganados. “O partido est� mais pr�ximo � do prefeito Gilberto Kassab”, comenta M�rcio Fran�a. Ante um partido todo voltado aos advers�rios de Haddad e o desejo de Lula de atrair o PSB, � preciso ver se � poss�vel alinhar essas esferas antes de escolher um caminho. Por isso, o PSB n�o tem pressa.

Enquanto essa conversa paulistana n�o fecha, PSB, PSD e PSDB aceleram acordos em outras cidades paulistas, caso de Campinas e S�o Jos� do Rio Preto. Em S�o Bernardo, entretanto, o PSB apoiar� Luiz Marinho, do PT, amigo de Lula. Mas no caldeir�o de votos nacionais representado pela capital que influencia em futuros acordos, as conversas est�o engatinhando.

Enquanto isso...

…Armadilhas no Congresso

Apesar de continuar desconversando e minimizando a crise instalada entre o Pal�cio do Planalto e sua base aliada, as novas lideran�as se preparam para seguir apagando o fogo no Congresso durante a semana. O novo l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), tem reuni�es marcadas com integrantes do PMDB a partir de hoje. Na C�mara dos Deputados, o desafio � a Lei Geral da Copa, que ser� votada no plen�rio amanh�. No Senado, est� a Medida Provis�ria 547/1, que tranca a pauta e perde validade na ter�a-feira.