Os defensores da candidatura pr�pria � Prefeitura de Belo Horizonte podem se unir ao grupo que aprova a alian�a com o prefeito M�rcio Lacerda (PSB) sem a presen�a do PSDB para tentar barrar a participa��o dos tucanos na disputa. O PT elegeu anteontem os delegados que v�o decidir no domingo qual a posi��o do partido na disputa pela prefeitura. Somados, os petistas que optaram pela candidatura pr�pria ou por uma alian�a sem o PSDB representam 57,5% dos escolhidos.
O presidente do PT de Belo Horizonte, o vice-prefeito Roberto Carvalho, defensor da tese da candidatura pr�pria, disse que vai se reunir hoje com os representantes da Articula��o, corrente liderada pelo ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Patrus Ananias, para tratar de uma poss�vel alian�a no domingo. Representantes de outras correntes tamb�m ser�o procurados.
A t�tica pode acabar inviabilizando a alian�a, caso ela seja aprovada no domingo. � que Lacerda j� anunciou um acordo com o PSDB, mas ele ainda n�o foi formalizado. Se a alian�a com o PSB sem os tucanos for aprovada, o prefeito ter� de se decidir entre as duas legendas.
Por isso, nos bastidores, o partido amanheceu ontem movimentado, com troca de telefones e busca de apoio em todos os lados. Para evitar deser��es ou mudan�a de posi��o, os delegados ser�o escolhidos a dedo. � que cada uma das 16 chapas ter� o direito de indicar n�mero de delegados proporcional � vota��o obtida. A escolha dos nomes � feita pelo respons�vel pela forma��o da lista de nomes de cada chapa.
O presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, disse que o resultado de ontem deixou claro que a milit�ncia � favor�vel � manuten��o da alian�a com Lacerda. Segundo ele, o pr�ximo passo agora � selar esse acordo e depois discutir o formato da coliga��o e o nome de um poss�vel candidato a vice-prefeito. “O PSDB � ator secund�rio nesse processo e est� mais por fora do que tudo nessa conversa”, afirmou.
Em p� de guerra
Um grande problema que os defensores da alian�a ter�o de resolver � a disputa interna entre os grupos ligados aos pr�-candidatos a vice-prefeito de Lacerda. A alian�a ainda n�o foi nem selada, mas os nomes ventilados, entre eles o do deputado federal Miguel Corr�a J�nior e o do ex-deputado federal Virg�lio Guimar�es, est�o, nos bastidores, em p� de guerra. Por fora, corre o nome do deputado estadual Andr� Quint�o, preferido para ser o candidato a vice pela ala liderada por Patrus Ananias. Domingo, militantes ligados a Corr�a e a Virg�lio se desentenderam em um dos pontos de vota��o na Regi�o Norte por causa do transporte de militantes e a pol�cia foi chamada para registrar um boletim de ocorr�ncia. O caso est� sendo analisado pela dire��o do partido.
Para piorar o clima na legenda, o tucano Gabriel Azevedo esteve na sede do PT da capital para comemorar o resultado da elei��o dos delegados. O fato desagradou a milit�ncia e foi visto como uma provoca��o. Para o PSDB, o melhor dos quadros seria a sa�da do PT da chapa, o que abre espa�o para a indica��o do candidato a vice-prefeito de Lacerda pelos tucanos. Mesmo que a alian�a seja aprovada no domingo, com ou sem PSDB, a novela ainda vai continuar at� que haja um posicionamento do PSB sobre a participa��o dos tucanos e uma defini��o do vice.
Lacerda
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) disse ontem que “aconteceu o previsto” na elei��o dos delegados do PT no fim de semana. "A reedi��o da alian�a de 2008 est� a um passo e n�s entendemos que a cidade aprovou a nossa alian�a, pois ela est� funcionando bem dentro na prefeitura", disse. Segundo ele, a resolu��o nacional do PT prev� a participa��o de partidos de fora da base na coliga��o, mas n�o na mesma chapa. "Entendemos que as resist�ncias s�o naturais. Convidamos o PT, assim como PSDB, e queremos os dois participando formalmente." O prefeito informou que o encontro com delegados marcado para ontem foi transferido para a pr�xima quinta-feira. "Fui convidado para uma troca de ideias. Nossa posi��o � clara, queremos alian�a com o PT na vice-lideran�a e o PSDB participando formalmente da coliga��o", afirmou. Questionado sobre uma eventual exig�ncia do PT para sa�da do PSDB, ele disse que sempre acreditou nessa coliga��o e, por isso, n�o pensa nessa possibilidade.