Cerca de cem integrantes do Levante Popular da Juventude, em sua maioria universit�rios, participaram nesta segunda-feira, 26, de um ato protesto diante da sede da empresa de seguran�a Dacala, na Avenida Vereador Jos� Diniz, na zona sul de S�o Paulo. Com carro de som, faixas, bumbos, cartazes e material de picha��o, eles acusaram publicamente o propriet�rio da empresa, o delegado aposentado David dos Santos Ara�jo, de ter torturado, estuprado e assassinado militantes pol�ticos que se opunham � ditadura militar, na d�cada de 1970.
O delegado n�o se encontrava na empresa no momento da manifesta��o, segundo os funcion�rios. Um grupo de tr�s viaturas da PM acompanhou a manifesta��o e anotou a chapa do carro de som e os nomes dos advogados que acompanhavam os estudantes.
Porto Alegre
Militantes da organiza��o Levante Popular da Juventude protestaram diante da casa do coronel Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do Servi�o Nacional de Informa��es, nesta segunda-feira em Porto Alegre, exibindo faixas e cartazes com dizeres como "aqui em frente mora um torturador". O ato chamou a aten��o de vizinhos, pedestres e motoristas que passavam pela �rea do bairro Rio Branco durante cerca de 40 minutos.
Segundo carta enviada � imprensa pelos manifestantes, o protesto foi parte de uma a��o conjunta que teve atos semelhantes no Par� Cear�, Minas Gerais e Bahia ao longo do dia. O grupo destacou que a mobiliza��o apoia a Comiss�o da Verdade "pelo direito de esclarecer os crimes praticados durante a ditadura civil-militar" e "mostrar que a sociedade est� organizada e defende a responsabiliza��o dos militares envolvidos pelos crimes cometidos no per�odo". Ponzi � um dos 13 brasileiros acusados pela Justi�a italiana em dezembro de 2010 pelo desaparecimento do militante pol�tico �talo-argentino Lorenzo Ismael Vi�as em Uruguaiana, em 1980. O coronel n�o foi localizado pela reportagem.