Os chefes das For�as Armadas v�m tentando contornar a crise na caserna por meio de conversas com militares da reserva, evitando aplicar a puni��o determinada pelo governo h� cerca de um m�s. Na semana passada, o general Enzo Peri esteve no Rio de Janeiro e, nesta segunda-feira, em Bras�lia, em reuni�o com l�deres do manifesto “Alerta � Na��o” para tratar o assunto. Est� previsto para os pr�ximos dias um terceiro encontro, em S�o Paulo.
“O comandante sabe que seria uma bobagem punir, porque n�o h� base legal para a puni��o e haveria uma enxurrada de processos judiciais”, afirmou um oficial da reserva. Oficialmente, o Ex�rcito nega que o general Enzo tenha retirado a perspectiva de puni��o. Segundo informa��es da institui��o, as conversas de fato est�o ocorrendo, em uma tentativa de amenizar a crise, mas o comandante do Ex�rcito n�o teria descartado a possibilidade de punir os oficiais rebelados. Sobre o assunto, ele teria afirmado aos generais da reserva que o problema estaria sendo resolvido de forma “centralizada” por ele.
Fontes do governo avaliam como “satisfat�ria” a maneira como o rem�dio para a crise est� sendo administrado, sem a aplica��o de pena aos militares. Na quarta-feira (14), declara��es do ministro da Defesa, Celso Amorim, de que a lei criadora da Comiss�o da Verdade “convalida” a Lei de Anistia, foram recebidas como uma sinaliza��o positiva pela caserna.
Indiciamento
A den�ncia do Minist�rio P�blico do Par� contra o coronel Sebasti�o Curi�, not�rio pela repress�o � Guerrilha do Araguaia, pode ser um fator de agravamento da situa��o. “Estamos nos preparando para responder judicialmente a essa a��o. N�o vamos deixar o Curi� sozinho”, afirmou um militar da reserva.