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Estado de Minas

Construtora Delta teria rede de laranjas para lavar mais de R$ 25 mi


postado em 18/04/2012 07:30 / atualizado em 18/04/2012 07:33

Foco das investiga��es da futura CPI do Cachoeira, prestes a ser instalada no Congresso, a Delta Constru��es � suspeita de montar uma rede de laranjas para lavar dinheiro numa triangula��o com outra construtora, a Alberto e Pantoja Constru��es e Transporte Ltda. As suspeitas s�o investigadas pela Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito da Opera��o Monte Carlo e tamb�m s�o alvo de investiga��es no Minist�rio P�blico.

Destino de R$ 26,2 milh�es da Delta, a Alberto e Pantoja fez uma s�rie de pagamentos a pessoas com v�nculos com a empreiteira, sediada no Rio que, agora, negam que tenham recebido as quantias. Entre os destinat�rios h� um pedreiro e um cabeleireiro.

As investiga��es, segundo avalia o MP, apontam para a pr�tica de ind�cios de lavagem de dinheiro nas opera��es que movimentaram mais de R$ 25,8 milh�es entre 2010 e 2011.

Entre os principais destinat�rios do dinheiro do esquema est� Pedro Batistoti J�nior, tecn�logo e ex-funcion�rio da Delta em Mato Grosso do Sul. Laudos da PF atestam que ele teria recebido R$ 300 mil. “Se tivesse R$ 300 mil n�o precisaria pedir R$ 20 para comprar almo�o. N�o tenho nada com isso”, disse.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que h� um padr�o no envio de recursos. H� nove anos trabalhando em um sal�o de beleza em Goi�nia, o cabeleireiro Jefferson Dirceu Santos tamb�m aparece na lista de destinat�rios dos recursos. “Que? R$ 60 mil? Nunca recebi nada desse valor e muito menos dessas pessoas. S� podem ter usado o meu nome.”

As rela��es da Delta com a organiza��o criminosa comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira vieram � tona na Opera��o Monte Carlo. Segundo as investiga��es, Cachoeira era ligado ao ent�o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cl�udio Abreu. Eles negociavam contratos da empresa com o poder p�blico. Suspeita-se que subornavam servidores p�blicos e que tenham participado da arrecada��o ilegal para campanhas eleitorais.

Ouvidos pelo Estad�o, que teve acesso a dados do sigilo banc�rio da organiza��o, outros destinat�rios afirmaram nunca ter recebido dinheiro da Pantoja.

Constam ainda na rela��o empresas de Mato Grosso, Tocantins, Maranh�o, Minas e Par�. Em S�o Paulo, a Camarada Confec��o Ltda. que teria recebido R$ 303 mil, n�o foi encontrada no endere�o em que est� registrada no Br�s. “N�o tem essa empresa aqui. H� mais de 20 anos funciona a Santar, que trabalha com importa��o de queijos e vinhos,” afirmou a atendente.

A Pantoja est� em nome de Rosely Pantoja da Silva, que declarou rendimentos de R$ 18,4 mil no ano de 2009, e Carlos Alberto Lima que n�o tem movimenta��o banc�ria desde 2004. “A empresa investigada n�o declarou imposto de renda nem recolheu tributos sobre faturamento, indicando que n�o houve receitas declaradas ao Fisco. Entendemos que h� fortes ind�cios de que n�o possua atividades operacionais condizentes com seu cadastro”, afirma a PF.


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