Congresso cria CPMI de Cachoeira nesta quinta-feira

O requerimento de cria��o da CPMI que investigar� neg�cios do contraventor Carlinhos Cachoeira ser� lido nesta quinta-feira em sess�o do Congresso, no Plen�rio Ulysses Guimar�es, o que constitui regimentalmente o ato de cria��o da CPMI. A 1ª vice-presidente da C�mara e do Congresso Nacional, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), informou que a confer�ncia das assinaturas j� foi feita e a leitura do requerimento na sess�o de hoje atende ao pedido dos l�deres partid�rios. At� ontem, haviam sido confirmadas 67 assinaturas de senadores e 362, de deputados.

Rose de Freitas informou ainda que os partidos ter�o at� a pr�xima ter�a-feira para indicar os membros que v�o compor a comiss�o. Ao todo s�o 15 deputados e 15 senadores, com igual n�mero de suplentes. Feita a indica��o, a CPMI pode se reunir para a elei��o do presidente e indica��o do relator. “A primeira reuni�o do colegiado deve ocorrer na pr�xima quarta-feira”, disse a deputada.

Presidente e relator

O presidente da C�mara, Marco Maia, disse que ainda n�o foram definidos os nomes que ocupar�o os cargos de presidente e relator da CPMI, mas que, por tradi��o dos maiores partidos em cada Casa, o PT, pela C�mara, deve ficar com a relatoria, e o PMDB, pelo Senado, com a presid�ncia.

Ele afirmou que a CPMI n�o deve interferir no ritmo dos trabalhos na C�mara nem nas vota��es do Plen�rio. “A CPMI � importante para o Brasil porque vai desvendar uma quadrilha, que constitui um poder paralelo. N�o ser� uma CPMI de posi��o e oposi��o. Aqueles que t�m a inten��o de fazer da comiss�o um grande espet�culo n�o devem fazer parte dela. Se for para fazer disputa pol�tica, a comiss�o n�o atingir� seu objetivo”, declarou.

Investiga��o ampla

O l�der do DEM, deputado Ant�nio Carlos Magalh�es Neto (BA), disse que � preciso ter um compromisso com uma investiga��o ampla. “Tudo que seja de irregularidade que envolva as opera��es de Carlos Cachoeira, da contraven��o no Brasil, da ilicitude da pr�tica de jogos deve ser investigado. E, claro, sem poupar partidos, agentes p�blicos ou empresas”, afirmou.

Na avalia��o do l�der do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), n�o haver� encena��o nas investiga��es. Ele negou que o governo esteja preocupado com a CPMI, j� que a investiga��o envolver� a empresa Delta, uma das principais prestadoras de servi�o do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). “Tem que ter seriedade na investiga��o, ser bastante criterioso do ponto de vista do aprofundamento da investiga��o, e que a tarefa que est� sendo dada aos membros da CPI aconte�a na sua plenitude, sem cerceamento”, disse.