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Estado de Minas

Governo do RJ desconhece n�mero de contratos com a Delta


postado em 19/04/2012 19:04

O secret�rio da Casa Civil do Rio, R�gis Fichtner, reconheceu nesta quinta n�o saber quantos s�o os contratos celebrados entre o Estado e a Delta Constru��es, acusada de envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e investigada pela Pol�cia Federal. "Devem ser muitos", afirmou Fichtner, que preside a comiss�o que vai examinar as licita��es que resultaram na contrata��o da empreiteira, beneficiada, s� no Rio de Janeiro, com obras avaliadas em R$ 1,49 bilh�o desde o in�cio do governo S�rgio Cabral Filho (PMDB). Um decreto de Cabral, publicado nesta quinta no Di�rio Oficial, incluiu a empresa como objeto de investiga��o de uma comiss�o criada h� semanas para apurar rela��es da administra��o p�blica com fornecedores flagrados pelo programa Fant�stico em grava��es , combinando superfaturamento, no hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"N�o vamos fazer auditoria em cada contrato (com a Delta)", explicou Fichtner. "Vamos ver se h� algum ind�cio de irregularidade e, onde houver, vamos aprofundar (a investiga��o)." O secret�rio afirmou n�o saber se a Delta � a empresa com mais contratos com o Rio e reconheceu que a Auditoria-Geral do Estado j� est� com seus t�cnicos empenhados nas investiga��es das den�ncias contra as empresas que atuavam na UFRJ e mant�m contratos com o Estado, o que pode sobrecarregar ainda mais a equipe. Al�m de Fichtner, formam a comiss�o o subprocurador-geral do Estado, Leonardo Esp�ndola; o subsecret�rio-geral de Planejamento e Gest�o, Francisco Caldas; e o auditor-geral do Estado, Eug�nio Machado. A comiss�o n�o tem prazo para encerrar seu trabalho.

Fichtner explicou que, primeiro, notificar� a Delta para que se manifeste sobre a grava��o exibida no Jornal Nacional, da Rede Globo, na qual seu controlador, Fernando Cavendish, falou em compra de pol�ticos. Depois, os processos licitat�rios que resultaram na contrata��o da empreiteira pelo Estado ser�o examinados pela comiss�o, com apoio dos auditores do Estado. Por fim, se forem encontradas irregularidades, a Delta poder� ter sua inidoneidade declarada pelo Estado, e ser�o abertas sindic�ncias para apurar as irregularidades. "Uma das posi��es (do governo) poder� ser impedir, desde j�, contrata��es futuras da Delta pelo Estado", declarou. Segundo o secret�rio, o tempo das apura��es depender� do n�mero de contratos a ser examinado.

Para Fichtner, n�o h� "nenhum" constrangimento em investigar uma empresa como a Delta, controlada por um amigo de Cabral - a amizade do governador com Cavendish � p�blica no Rio de Janeiro. Em junho de 201, o governador estava na Bahia para o anivers�rio do empres�rio, quando um acidente de helic�ptero matou sete pessoas, inclusive a mulher de Cavendish, Jordana. "A investiga��o foi uma determina��o do governador", disse. "A administra��o do Estado n�o tem nada a ver com as rela��es pessoais de A, B ou C. Se houver algum problema, as provid�ncias ser�o tomadas, independentemente de quem quer que seja."

Cesar Maia

O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) afirmou nesta quinta que a Delta entrou nas licita��es durante seu governo (oito anos anteriores � atual gest�o, de Eduardo Paes, do PMDB) oferecendo pre�os que os concorrentes consideravam invi�veis, por serem muito abaixo do mercado. "Mas sempre entregou as obras a tempo e com o pre�o contratado", afirmou. Levantamento feito pela assessoria da vereadora Andreia Gouv�a Vieira (PSDB) apurou que, de 2002 a 2008, a prefeitura carioca contratou, em valores nominais, R$ 331.059.602,42 em obras e servi�os da Delta. De 2009 a 2011, j� na gest�o Paes, a empreiteira ganhou contratos avaliados (cifras n�o atualizadas pela infla��o) em R$ 325.534.422,51.

"Segundo o mercado (os pre�os oferecidos pela Delta) estavam abaixo (do que seria vi�vel comercialmente)", afirmou Maia. "Mas quem ganhava com isso era a cidade que tinha mais dinheiro para investir."

O ex-prefeito afirmou que n�o conhece, nem nunca conversou, com Cavendish, e lembrou um problema em que a Delta se envolveu, durante seu governo. "Houve a um conflito com a empresa no Engenh�o, onde teve que ceder uma parte da cobertura a OAS e Odebretch por questionamento t�cnico. Ela reagiu e saiu reclamando, mas a quest�o era de uma tecnologia que n�o dominava segundo os t�cnicos", afirmou.


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